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Mulher avança no mercado de trabalho

04/03/2015 16:28:00 - Jornalista: Tatiana Gama

Foto: Maurício Porão

Prefeitura é elo de trabalhadoras com empresas

As mulheres ganham cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Dados da secretaria de Trabalho e Renda de Macaé apontam que o sexo feminino avança nas conquistas de emprego no município. A média, entre janeiro e fevereiro de 2015, de vagas cadastradas para elas na Central do Trabalhador é de 61,2%. No mesmo período, o número de encaminhamentos para empregos foi de 43,4%. O Dia Internacional da Mulher será no próximo domingo (8) e para a técnica de Segurança no Trabalho e Meio Ambiente, Sintiane de Jesus Mota, 31 anos, o motivo é para comemorar.

- Estou há oito dias em Macaé. Sou da Bahia e minha esperança de me consolidar no município é grande. Esta é a segunda vez que estou na Central do Trabalhador. Esse serviço é muito importante, pois encaminha as pessoas para o mercado de trabalho. Cada dia que passa, estamos ganhando nosso espaço. Porém, ainda temos o preconceito de algumas empresas com relação a oportunidades na área industrial, pois preferem o sexo masculino, mesmo com os avanços da mulher. De qualquer forma, temos muito a comemorar - disse.

O secretário de Trabalho e Renda, Alexandre Fernandes, afirmou que o público feminino tem superado os desafios. Segundo ele, ainda é preciso avançar nos segmentos de petróleo e construção civil. "Nesses dois setores a diferença ainda é grande, porém, já temos exemplos de mulheres que se capacitam e estão entrando para o mercado de trabalho nestas áreas. No ano passado, por exemplo, entre diversos formandos, algumas já se qualificaram como soldadoras e estão empregadas", ressaltou o secretário.

Alexandre opinou, também, que a mulher, desde a faixa etária de 16 anos, do programa Jovem Aprendiz, até a adulta, é mais caprichosa, detalhista e intuitiva. "Desenvolvemos ações em parceria com outros órgãos, de geração de renda e qualificação profissional. Isso contribui bastante para o aprimoramento delas no mercado", frisou.

No Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep), ligado à secretaria de Trabalho e Renda, são oferecidos diversos cursos. As oportunidades são nas áreas de beleza, artesanato, corte e costura, gestão, industrial e outras. A proposta é desenvolver políticas públicas de geração de trabalho e renda, estimulando a diversificação da economia. Em 2014, dos 1974 alunos, 953 foram mulheres. 

A Feira de Economia Solidária é mais um espaço para a mulher expor seus trabalhos. O objetivo é fomentar pequenos grupos produtivos (cooperativas, associações, redes solidárias, entre outros). A artesã Ana Lúcia Pinto de Souza Pereira, 51 anos, transformou suas habilidades em negócio. Depois de um diagnóstico de depressão, ela foi incentivada pelo marido a fazer um curso na área de artesanato e, atualmente, confecciona bonecas de pano e outros materiais. Os produtos são vendidos por encomendas e na feira, que funciona na primeira semana de cada mês na Praça Veríssimo de Melo, das 9h às 21h. "Quando comecei com esse quadro em 2004, meu marido me colocou no curso de bijuterias. Desde então, a confecção de bonecas de pano mudou a minha vida", afirmou Ana Lúcia.


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