Foto: divulgação
O Solar dos Mellos está localizado na rua Conde de Araruama, 248, Centro
As palestras com lançamento dos livros ‘Educação das relações raciais no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico’, com o professor Doutor Jorge Luís Rodrigues dos Santos, e ‘Histórias Memoráveis - Como pessoas comuns transformam fraquezas em forças’, com a professora Doutora Gabriela Barreto de Oliveira, integram a programação da 16ª Primavera dos Museus. O evento gratuito será nesta quinta-feira (22), às 18h, no Solar dos Mellos – Museu da Cidade de Macaé.
Segundo o professor Jorge Luís Rodrigues dos Santos, Doutor em Memória Social e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), o livro ‘Educação das relações raciais no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico’ é um esforço de professores de instituições públicas da Educação Básica, atuantes nas redes estadual e federal de ensino, de difundir práticas educativas na temática racial, buscando resgatar, valorizar, reconhecer e capacitar, principalmente, professores e estudantes no conhecimento da importância das contribuições africanas e afro-brasileiras para a sociedade.
“Buscamos uma educação antirracista, para a igualdade, que traga uma forma diferente no olhar para a população negra e que amplie, não apenas as oportunidades, mas o reconhecimento de direitos. Um dos pontos que trabalhamos neste livro é a busca de emancipação cognitiva, intelectual e acadêmica para a população negra”, diz o professor que acrescenta:
A professora Gabriela Barreto de Oliveira é Doutora em Linguística e Mestre em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela é coautora do livro ‘Histórias Memoráveis - Como pessoas comuns transformam fraquezas em forças’. Gabriela, que foi moradora de área periférica e começou sua carreira atuando como comerciária, chegou a ter parte de sua pesquisa acadêmica apresentada na Faculdade de Sorbonne, na França.
“Estar em um museu comemorando os 200 anos da independência, significa um resgate para a memória de toda a contribuição negra neste período, principalmente de Macaé, uma cidade majoritariamente negra e que tem importantes registros das contribuições dos africanos escravizados. É uma forma de visibilizar esta presença”.
Programação
“Estudei a vida toda em escolas públicas. Eu conto um pouco de como o estudo mudou a minha vida. O livro tem várias histórias de superação. Tenho certeza de que todos os estudantes que puderem ler, vão enxergar de nova forma os obstáculos da vida. Tratar deste tema em um museu, que é um lugar de história, memória e permanência, é uma alegria muito grande”, afirma.