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Prefeito vistoria construção de casas populares

14/07/2005 17:20:19 - Jornalista: Janira Braga

O prefeito Riverton Mussi vistoriou nesta quinta-feira (14) a obra de construção das 307 casas populares no Bosque Azul, no bairro Ajuda. O serviço de fundação de uma parte das casas está 30% concluído e já começou o trabalho de alvenaria destas unidades. Os imóveis serão entregues para famílias que vivem em áreas de risco, como os atingidos pela última enchente. Estão sendo gerados 250 empregos diretos na obra. Os secretários de Obras, Tadeu Campos e do Interior, George Jardim, acompanharam o prefeito na vistoria.

De acordo com o prefeito, o condomínio habitacional inclui sete casas adaptadas para portadores de necessidades especiais, cem unidades de um quarto e duzentas de dois quartos. “Todas as casas podem ser ampliadas porque são construídas em sistema modular”, explicou Riverton, acrescentando que a mão-de-obra usada na construção das casas é formada por profissionais do entorno do Ajuda. “Estamos fazendo uma obra grande e gerando oportunidade de trabalho para a comunidade local”, disse.

As 307 casas estão sendo construídas em uma área de 150 mil metros quadrados. O objetivo do prefeito é chegar a duas mil unidades habitacionais nos próximos anos, usando terrenos em anexo ao que está abrigando o primeiro montante de residências, no Bosque Azul. O secretário de Obras, Tadeu Campos, informou que a prefeitura vai abrir no local uma rua direcionada para a Linha Azul e outra, para o Aeroporto.

- Também vamos construir aqui uma mini-estação de tratamento de esgoto para atender duas mil pessoas; uma quadra poliesportiva; uma praça e outros equipamentos comunitários – acrescentou o prefeito.

As ruas do condomínio habitacional serão dotadas de toda a infra-estrutura urbana, com drenagem, construção das redes de esgoto, de água pluvial e de água potável, além do saneamento. Estão previstos para o local também posto de saúde e creche.

VELOCIDADE - Segundo o engenheiro Arilson Costa, da empresa Construir Rio de Janeiro Empreendimentos, que está executando a obra, a tecnologia usada na construção das casas é de sistema construtivo industrializado, com a utilização de tijolitos. “Essa tecnologia já é usada em conjuntos construídos na região metropolitana de Belo Horizonte, em Angola, em lugares da América Central, entre outros. O processo garante velocidade e qualidade”, comentou.

Depois da alvenaria das casas, feita junto com a instalação elétrica e hidráulica, a empresa vai fazer os serviços de instalação do telhado e a pintura. A previsão de entrega das casas é setembro.

O prefeito informou ainda que o governo está em processo de doação de um terreno também dentro do Bosque Azul para o Sindicato dos Comerciários. A prefeitura vai dotar a área de infra-estrutura urbana e os comerciários deverão fazer outra parceria para construção de casas no local, que ficará sob a responsabilidade da categoria.

Riverton Mussi desenvolve política habitacional em Macaé

A construção das 307 casas populares é uma das primeiras ações dentro da implantação da política habitacional no município. Na segunda-feira (11), o prefeito também firmou convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF), para a reconstrução de 250 casas destruídas - parcialmente ou totalmente - pelo vendaval que atingiu a cidade dia 20 de junho.

No total, cada unidade habitacional a ser reconstruída terá investimento de até R$ 9.080 mil – serão liberados R$ 6.990 mil pelo fundo de garantia, através da CEF, a fundo perdido e a prefeitura vai pagar antecipadamente R$ 2.090. Neste caso, as famílias terão seis anos para pagar cerca de R$ 40 por mês, para arcar com o financiamento de R$ 2.090.

Na quarta-feira (13), o prefeito consolidou com o secretário estadual de Habitação, Fernando Avelino, a parceria entre Macaé e o Governo do Estado para a implantação do programa SOS Habitação. Serão beneficiadas 321 famílias atingidas pelo vendaval, com cheques de até R$ 250 para serem usados na compra de material de construção. Para ser beneficiada, a família deve ter renda de até três salários mínimos.

Outro programa que atinge a área habitacional é o Bairro Feliz, que vai recuperar moradias, com reboco, reconstrução de telhados, pintura, embolso e outras intervenções, de pelo menos seis bairros nos próximos anos. O bairro Fronteira será o primeiro beneficiado, onde serão investidos R$ 3 milhões, incluindo a urbanização do local e a construção de equipamentos comunitários.

Mais uma ação nesta área é uma permuta com o Ministério da Marinha para a retirada de famílias que estão em área de risco, como algumas casas no bairro Fronteira. A prefeitura também está desapropriando mais de 50 terrenos para a construção de casas populares – o município tenta fazer parcerias neste programa. “Defendemos o crescimento ordenado da cidade. Queremos fazer um trabalho de inclusão social, respeitando a qualidade de vida de todos”, ressaltou o prefeito.

Já procuradora-geral do município, Maria Auxiliadora de Moura Ferreira, destacou que a política habitacional de Macaé vai intensificar o combate às invasões de terra. “A fiscalização da prefeitura vai atuar com rigor em áreas invadidas porque quando o governo aprova um loteamento, já faz pensando na infra-estrutura que vai dar ao local, de forma a promover o desenvolvimento sustentável da área. O município não pode permitir um crescimento desordenado”, disse.