Jovens que vivem em situação de risco social nas comunidades pacificadas no município terão oportunidade de entrar para o mercado formal de trabalho e ter uma vida melhor. A prefeitura iniciou, nesta segunda-feira (1º), a matrícula para os cursos gratuitos de qualificação de caldeireiro, cuidador infantil, inglês e informática. A inserção no curso possibilita a entrada no mercado de trabalho, que exige a qualificação.
Os cursos, com 40 vagas cada, serão oferecidos em dois núcleos da seguinte forma: moradores do Nova Holanda, Nova Esperança e Ilha Leocádia terão aulas no Ciep Darci Ribeiro, na Nova Holanda, cujas matrículas começaram nesta segunda-feira (1º); já em Malvinas, Botafogo e Ilha Leocádia, no Colégio Botafogo, as matrículas vão começar na próxima segunda-feira (8).
Nesses dois núcleos haverá vagas para maiores de 18 anos no curso de caldeireiro, cuja exigência é o Ensino Fundamental completo, e para o curso de cuidador infantil, destinado principalmente ao público feminino e àqueles com Ensino Fundamental incompleto, pelo menos até o 5º ano.
Para os maiores de 14 anos, haverá os cursos de Inglês básico e Informática, nos níveis básico, intermediário e avançado no Ciep Nova Holanda, e de Inglês, no Colégio Botafogo. As matrículas para todos os cursos podem ser feitas durante um mês, até o dia 2 de agosto, nos respectivos lugares onde os cursos vão acontecer. O horário de atendimento aos interessados é das 8h às 15h, de segunda a sexta-feira, no Ciep; no Botafogo ainda não foi definido o horário.
Para se matricular, o candidato deve apresentar a Carteira de Identidade (RG), o CPF, comprovantes de escolaridade e de residência. Os cursos começam em 5 de agosto e têm carga horária de 160 horas, ou seja, de aproximadamente dois meses e meio cada, que é o tempo mínimo exigido para a qualificação da mão-de-obra, com aulas teóricas de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 21h30.
Somente os alunos do curso de caldeireiro terão também aulas práticas aos sábados ou domingos, nas empresas parceiras que precisam de profissionais nessa área. O transporte dos alunos do local do curso até as empresas e vice-versa será por conta da prefeitura.
- A preocupação da prefeitura com esses cursos é evitar que os jovens que vivem nas comunidades pacificadas sejam recrutados para práticas de atividades ilegais e possam usar o seu tempo para aprender uma profissão - observou o secretário municipal de Ordem Pública, Edmilson Jório.
Ele destacou que os cursos acontecem em parceria com as secretarias de Educação, que cederá toda a infraestrutura necessária; a Trabalho e Renda, com diagnóstico de trabalho no município e inclusão dos jovens; e o Cetep, que está vinculado à Semtre e é responsável pelo conteúdo e planejamento das aulas e pelos professores - a maioria morador ou que já atua nessas comunidades.
Para a realização desses cursos, a prefeitura também conta com a colaboração de líderes comunitários e religiosos e de agentes de assistência social das secretarias municipais de Habitação e de Desenvolvimento Social que, com base no trabalho dentro dessas comunidades, conhecem os jovens que podem ser inseridos nos cursos.