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Prefeitura busca solução para alagamentos

22/01/2009 17:39:51 - Jornalista: Janira Braga

Foto: Bruno Campos

Prefeitura age rápido para minimizar impacto da chuva intensa que atinge a cidade desde a noite de quarta-feira

Ações conjuntas das secretarias de Obras, Serviços Públicos, Mobilidade Urbana, Defesa Civil, Meio Ambiente e Empresa Pública de Saneamento e Urbanismo (Emhusa) e da Câmara Permanente de Gestão (CPG) promoveram durante toda a quinta-feira (22) intervenções emergenciais para o escoamento da água pluvial, com ênfase na Rodovia Amaral Peixoto (RJ 106), estrada que dá acesso à cidade por Rio das Ostras e que registrou o maior volume de alagamento.

Em uma das frentes, cinco bombas instaladas na RJ-106 escoavam a água pela tubulação natural do bairro. Em outra ação, a prefeitura abriu uma vala emergencial na margem da Rodovia Amaral Peixoto, sentido Parque de Tubos – Centro, para o escoamento da água em uma área propícia para o recebimento de águas. A área era da antiga Rede Ferroviária Federal e está em fase de desapropriação pela prefeitura.

- A abertura da vala, após o Terminal Lagoa, serviu para coletar a água concentrada na parte baixa do bairro, sem usar a rede de água pluvial existente – afirmou o secretário de Obras, Tadeu Campos. Além de Campos, o secretário de Serviços Públicos, George Jardim, o presidente da CPG, Romulo Campos, o presidente da Emhusa, Antônio Sardinha e o secretário de Mobilidade Urbana, Jorge Tavares Siqueira, percorreram os pontos alagados.

- Estamos trabalhando para fazer a drenagem das águas pluviais, tomando ações emergenciais e estudando as ações definitivas para resolver os problemas – ressaltou George Jardim, acrescentando que na área da Linha Vermelha e Sol y Mar, foram instaladas bombas para escoar a água para o Canal do Botafogo, incluindo as águas da Praia Campista, Visconde, Miramar e bairros adjacentes.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Eric Schueler, choveu 104 milímetros na madrugada de quarta para quinta-feira, o que deflagrou pontos de alagamento na cidade. O volume foi quase o esperado para todo o mês de janeiro – a previsão era de que o índice chegaria a 169 milímetros. Durante toda a quinta-feira, o trânsito seguiu nos dois sentidos em apenas uma pista do Terminal Lagoa até a entrada do Novo Cavaleiros.

O presidente da CPG, Romulo Campos, frisou que os alagamentos na cidade são problemas herdados pela administração atual de governos anteriores e que, terminada a fase das ações emergenciais para levar conforto para a população, a prefeitura vai iniciar programas para a solução definitiva dos alagamentos. “Ao longo desta gestão, o Programa Água Limpa será executado como o maior investimento em drenagem e saneamento da prefeitura nos últimos anos”, disse.

Secretário de Obras esclarece topografia do local

O secretário de Obras, Tadeu Campos, explicou que a entrada do bairro Vivendas da Lagoa, na RJ-106, faz parte da bacia hidrográfica do Novo Cavaleiros, que é muito extensa. “Essa região abrange toda a coleta da água pluvial do Vale Encantado, Novo Cavaleiros e São Marcos”, detalhou.

Segundo o secretário, toda essa bacia converge por um canal que ligava à lagoa. O canal, ao longo do tempo e as construções, foi sendo reduzido à instalação de tubulações para que a água chegasse à lagoa.

Com o crescimento do bairro e as impermeabilizações provocadas por ruas e edificações, houve um excedente de água que não tinha leito natural para se dirigir à lagoa. “Por isso, a macrodrenagem prevê um canal bem maior, da lagoa até o começo da bacia, na Rua Tenente Célio, na Granja dos Cavaleiros, onde é o ponto mais baixo que recebe água das encostas”, informou o secretário.