Produtos turísticos como a Feira Cria Sana, o pólo gastronômico serrano no Sana, metrô de superfície, Macaé – cidade do choro, turismo de aventura em Glicério, parque multiuso, visitação à Ilha do Francês são alguns dos projetos da prefeitura apresentados pela secretaria Executiva de Turismo a hoteleiros, na tarde de quinta-feira (14), em reunião na Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM).
Segundo o secretário Executivo de Turismo, Marco Maia, a taxa média de ocupação dos hotéis de Macaé, no turismo de negócios, chega a 70% de segunda a quinta-feira, e cai a níveis baixíssimos nos fins de semana. Daí, a necessidade da criação de produtos turísticos que segurem o visitante. O secretário ressaltou que a transformação desses projetos e programas em produtos turísticos faz parte das políticas públicas do governo municipal. Ele falou dos planos para a região serrana.
- A secretaria trabalha em consonância com o executivo, responsável pela implementação da infra-estrutura necessária à transformação em produtos turísticos de atrações que já existem e a criação de outras. A feira de artesanato Cria Sana, que funciona as sextas, sábados e domingos, é sucesso de público; tem grande potencial para se tornar um produto turístico ao lado do pólo de gastronomia serrano a ser organizado na região do Sana, que conta com o apoio de instituições voltadas para a segurança. O turismo de esportes de aventura, com opções radicais, já dispõe de alguns itens em Glicério – acqua ride, arvorismo, tirolesa, e vai ser incrementado com outras opções. No Frade, também há trilhas de off road. Todos os equipamentos desses produtos devem ser certificados e segurados - afirmou.
Marco Maia falou dos produtos localizados na região urbana da cidade. “Macaé, onde nasceu Benedito Lacerda, vai ser transformada na cidade do choro, com points na Pororoca - atrás do Mercado de Peixes – Sociedade Musical Nova Aurora, no Calçadão da Avenida Rui Barbosa, com dois palcos. O produto musical de Macaé e região será o chorinho. O parque multiuso, em local ainda a ser escolhido, seguirá modelos existentes em São Paulo e Barra da Tijuca, no Rio, com parques aquáticos e brinquedos diversos. O metrô de superfície contará com a utilização da linha férrea até a Glória”, explicou.
O secretário chamou atenção para o litoral. “A Ilha do Francês, com visitação controlada, deverá contar com píer de embarque e desembarque, e o turista pagará uma taxa para usufruir do passeio no local. Estes produtos turísticos serão divulgados pelo Macaé Convention Bureau, em parceria com a prefeitura e com a cooperação dos hoteleiros”, concluiu Maia.
Macaé Convention Visitors
Bureau (CVB) e room-tax
Rui Carvalho, presidente do Macaé Convention Bureau, falou dos objetivos da organização, com escritórios no Brasil e diversos pontos do mundo, e de seu trabalho. “Não nos envolvemos com política partidária e trabalhamos para as cidades que queiram fazer turismo. Divulgamos seus produtos, os atrativos turísticos e a infra-estrutura de eventos, com o apoio das prefeituras, empresas públicas e privadas. Conhecemos as praias e a região serrana. Após três semanas em Macaé, definimos um slogan para cidade, que traduz o trabalho a desenvolver: ‘Capital do Turismo de Natureza e Aventura’, pois descobrimos uma serra maravilhosa que combina com o mar”, explicou.
Rui Carvalho deu mais detalhes sobre o trabalho do Convention Bureau. “Precisamos de recursos para desenvolver nosso trabalho e esses recursos virão de entidades públicas e da hotelaria, através da room-tax facultativa, um valor simbólico cobrado diariamente na conta de cada apartamento. No caso de Macaé, a room-tax será de R$ 2, uma pequena contribuição destinada a uma associação privada, que investe na promoção da cidade e no treinamento de mão-de-obra para o setor, o que melhora o serviço prestado ao visitante e gera trabalho e renda”, concluiu Carvalho.