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Profissionais de saúde e educação participam de Fórum de Educação Preventiva

25/09/2008 16:06:20 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Visando estimular e ampliar as ações de educação preventiva nos projetos político-pedagógicos das escolas, a secretaria Especial de Saúde por meio da Coordenação do Programa DST/Aids, realizou nesta quinta-feira (25), no Teatro Municipal o II Fórum Macaense de Educação Preventiva.

Durante a solenidade de abertura, a coordenadora do programa, Vera Andrade ressaltou que este evento vem reafirmar o compromisso do programa com a promoção à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e jovens. “Temos buscado a integralidade de nossas ações firmando parcerias que fortaleçam os direitos fundamentais de adolescentes e jovens na vivência de sua sexualidade, de forma consciente e responsável, na qual as doenças sexualmente transmissíveis, HIV e Aids possam ser evitadas e a gravidez possa ser planejada”, frisou.

Vera acrescenta que a escola é o lugar de excelência na formação, informação e orientação dos jovens, inserindo em seu projeto pedagógico ações educativas no âmbito escolar que consolide a prevenção, elaborando e implementando um trabalho de educação permanente. “É importante que cada um de nós assuma a responsabilidade que temos com cada jovem, na construção de um mundo mais ético, no qual eqüidade, acessibilidade e inclusão sejam de fato um compromisso de todos”, completa.

O evento destinado aos profissionais de saúde e educação, também contou com a presença do secretário Especial de Desenvolvimento Local, Jorge Aziz que enfatizou a importância de respeitar as diferenças para a construção de uma sociedade melhor.

Palestra – A primeira palestra foi proferida pelo psicólogo e sexólogo Cláudio Picazio, que falou sobre Diversidade Sexual: Exclusão e Conseqüência. Autor de dois livros que tratam de sexualidade: Sexo Secreto, voltado para educadores e Diferentes Desejos, para adolescentes. Foi um dos primeiros escritores brasileiros a escrever sobre a diversidade sexual na adolescência diretamente para adolescentes.

Picazio chama a atenção dos educadores que consideram determinados comportamentos mais femininos ou masculinos nas crianças, para o fato de que eles podem fazer diagnósticos errados. “Afinal, os comportamentos variam de uma cultura para outra, de um bairro para outro e até entre classes de uma mesma escola”, disse ressaltando que o educador deve sempre trabalhar bem com a classe questões como preconceito e inclusão dos diferentes. Deve explicar que cada um é de um jeito e que o comportamento de um indivíduo não contagia o outro.

- A escola é o grande espaço de socialização, onde se aprende a viver em sociedade, o professor deve colaborar para que as crianças aprendam a viver em sociedade. Ele é um introdutor da forma de se viver em sociedade -, defende.

O psicólogo explica que é no ensino fundamental que se trabalha com prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, Aids, gravidez e que falar disso não é incentivar, é prevenir.

Concluindo, o sexólogo afirma que a escola deve falar de todas as diversidades e iniciar o trabalho sobre a sexualidade também com os pais. "A escola deve falar de todo tipo de inclusão: do índio, do negro, do gordo, do pobre e do magro. Tem de mostrar que menos de 1% da população corresponde à normalidade de beleza que a televisão apresenta”.