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Reunião a discute impactos do vazamento na Bacia de Campos na atividade pesqueira

23/11/2011 15:35:54 - Jornalista: Liliane Barboza

Foto: Kaná Manhães

Reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (23), na subsecretaria de Pesca

Secretaria de Desenvolvimento e Subsecretaria de Pesca se reuniram na manhã desta quarta-feira (23) com representantes do Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Colônia dos Pescadores para discutir os impactos do vazamento na Bacia de Campos na atividade pesqueira no município.

De acordo com informações do subsecretário de Pesca, José Carlos Bento, existe uma grande possibilidade de que em 30 dias as atividades pesqueiras sejam impactadas em função do acidente que ocorreu na Bacia de Campos.

- Temos a consciência da dimensão do acidente através da mídia e estamos preocupados, pois acreditamos que o estoque do pescado será afetado diretamente, enfatizou.

Segundo o representante da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Marco Botelho, o principal objetivo da presença dele no município é verificar “in loco”, quais foram os prejuízos causados pelo derramamento de óleo na Bacia de Campos.

- Estamos visitando todos os municípios que podem ser prejudicados com o vazamento. Já estivemos em Cabo Frio e, por enquanto, não foi constatado nenhum impacto naquele município. A nossa preocupação é de que Macaé seja prejudicada e. por esse motivo, vamos acompanhar todo o processo, mesmo que o óleo não atinja o litoral. No entanto, já constatamos que o acidente atingiu a cadeia alimentar. Seria importante que pudéssemos ter acesso às estatísticas, monitoramento, estudos, enfim todos os dados levantados pelas empresas que exploram petróleo na Bacia de Campos, explicou.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cliton da Silva Santos, o acidente que ocorreu no Campo de Frade, deverá servir de exemplo para que fatos como esse não ocorram mais.

- Não há como mensurar os danos causados pelo acidente. temos que fazer um estudo minucioso sobre o caso e cobrar ações dos órgãos responsávTeis, principalmente resultados eficazes, frisou.

Durante a reunião, o secretário Cliton falou sobre um projeto que existe em parceria com Prefeitura Municipal de Macaé e uma Ong, que tem como objetivo principal construir um terminal de desembarque pesqueiro. De acordo com ele, a obra está orçada em R$ 12 milhões e o projeto deverá ser apresentado ao prefeito Riverton Mussi, no dia 13 de dezembro.

Outro assunto abordado pelo subsecretário de Pesca, José Carlos Bento, foi o defeso da sardinha, que começou este mês e deverá terminar em fevereiro. O objetivo é de que a espécie atinja o tamanho ideal de captura.
De acordo com José Carlos, a lei federal protege a espécie e, para não prejudicar os pescadores, estabelece cotas para esse período. No entanto, apenas 80 barcos, em todo o Brasil, têm liberação para pescar a sardinha nesses quatro meses. “A cidade de Macaé não é contemplada com essa cota, pois aqui só existe a pesca artesanal”, explicou o secretário.

- A sardinha é o centro da cadeia produtiva da pesca, ela se alimenta de pequenas espécies marinhas e é o alimento da maioria das espécies, inclusive da maior delas, que é a baleia, disse José Carlos.

Participaram da reunião representante da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro, Marco Botelho; a coordenadora de Pesca Marítima, Francyne Vieira; Coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Abastecimento, Henrique Guitton; pesquisador da Nupem UFRJ, Alexandre Azevedo; presidente da Colônia dos Pescadores, Marcelo Madalena; Secretário de Desenvolvimento Econômico, Cliton da Silva Santos e subsecretário de Pesca, José Carlos Bento.