A demanda crescente do atendimento a vítimas de acidentes, registrados principalmente no trecho da BR 101 que corta a região Norte Fluminense, foi o tema analisado pelo vice-prefeito Danilo Funke (PT) e a direção do Hospital Público Municipal (HPM), durante reunião realizada no próprio HPM. A situação, que interfere na rotina do hospital, que é referência em qualidade na realização de procedimentos de média e alta complexidade, está diretamente relacionada às defesas que serão levadas por Danilo Funke em uma nova agenda em Brasília, na proposta de rediscutir diretrizes do contrato de concessão da rodovia federal, em especial, o andamento das obras de duplicação.
No encontro, Danilo recebeu do superintendente do hospital, Dr. Newton José, e da diretora técnica do HPM, Dra. Maria Cláudia Galiza de Almeida, o ofício encaminhado pela equipe ao Ministério Público solicitando cópia do documento que determina a construção de um hospital de referência para atendimento a vítimas de acidentes na BR 101, em cada divisa da área de concessão da rodovia. O posicionamento da direção do HPM tem como base a necessidade de cobrar da concessionária que administra rodovia, a Autopista Fluminense, e da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o cumprimento da determinação do contrato de concessão, que implica em sérios impactos na rotina de atendimento do hospital.
A proposta é que novos critérios de deslocamento dos acidentados da BR 101 sejam adotados, evitando assim que o HPM seja o único hospital da área Norte Fluminense a receber as vítimas. Segundo a direção do HPM, o hospital não possui credenciamento para atendimentos de alta complexidade junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). O custeio desses procedimentos é feito através de recursos próprios, direcionados pela Fundação Municipal Hospitalar de Macaé (FMHM).
De acordo com o vice-prefeito, essas informações serão fundamentais para as propostas a serem levadas a setores do governo federal.
– A duplicação da BR 101 é atualmente a principal pauta dos municípios cortados pela BR 101 e a concessionária que administra a rodovia. A situação enfrentada hoje pelo HPM também reforça a necessidade de se rediscutir o contrato de concessão, demonstrando que Macaé é a cidade que mais sofre impactos relativos a esta rodovia. As informações repassadas pela direção do hospital serão apresentadas aos representantes dos órgãos que irei buscar em Brasília, para buscar uma solução definitiva para esta situação – afirma Danilo Funke.
