O I Simpósio de Saúde Coletiva de Macaé abriu suas atividades com palestra sobre dengue e oficinas sobre pré-natal e bio-segurança em odontologia. O evento visa a troca de conhecimentos entre os profissionais, além da análise de trabalhos realizados ao longo dos anos. Na parte da tarde, ocorrem mesas redondas, palestra e oficinas de debate sobre temas diversos. O encontro vai até quarta-feira (10), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho (Macaé Centro), e é voltado para profissionais da saúde de todo o município.
A palestra sobre dengue foi ministrada por três profissionais: Maria Cristina Carvalho, diretora técnica do Centro de Controle de Zoonoses, Glaura Florim Terra, infectologista, e Laila Nunes, coordenadora da Coordenadoria da Saúde Coletiva. O tema dengue foi abordado de maneira abrangente, sendo feito um histórico das epidemias, passando pelos projetos realizados no país e em Macaé, e pelos aspectos clínicos da doença. A homeopatia no combate a doença na cidade também foi abordada.
- A dengue ocorre há mais de 200 anos nas Américas e hoje a doença é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no país, com mais de 550 mil doentes ao ano. Nós não podemos fechar os olhos para doença. As condições climáticas, com alterações no clima, e a intensa utilização de materiais não biodegradáveis, como plásticos e garrafas pet, ajudaram na rápida proliferação do mosquito Aedes Aegipti, transmissor da dengue, destacou Maria Cristina.
Já a oficina “Avanços e desafios do pré-natal”, com a enfermeira Daniela Souza Medeiros, do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, debateu os erros e acertos em cima do tema proposto. Foram apresentados gráficos com o resultado dos trabalhos nos últimos anos, como o preventivo feito em gestantes. A médica do programa, Beatriz Santos, questionou durante o encontro sobre como aprimorar a relação entre grávida e profissional.
- Às vezes a grávida tem receio de realizar o exame papa-nicolau, com medo de machucar o bebê. Acho que uma sensibilização junto às grávidas e aos profissionais resolveria, orientando sobre a importância do exame e de que ele não machuca a criança, disse.
A enfermeira do Programa Saúde da Família (PSF), Tainá Ramos, está com estande no Simpósio, mas aproveita para ouvir um pouco das oficinas. “Acho este evento muito válido, porque além de estar expondo, tiro dúvida e ouço sobre os erros que podem ocorrer, e como evitá-los”, explica.