Cinqüenta e cinco ações foram detalhadas pelo representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aos participantes do Seminário Políticas Públicas para Agricultura Familiar e Economia Solidária, nesta quarta-feira (17), no auditório da Incubadora de Cooperativas de Macaé.
Durante todo o dia, cerca de 100 agricultores familiares da área rural de Macaé conheceram as linhas de acesso ao crédito e sua operacionalização e quem são as instituições públicas fomentadoras de renda que possibilitam o desenvolvimento do meio rural.
O Seminário, promovido pela Incubadora de Cooperativas teve o apoio da Prefeitura, através do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fundec), e a parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-Rio), Programa Rio Rural – GEF, Cooperativa de Consultoria e Serviços de Desenvolvimento Sustentável (Cedro) e da Associação de Moradores e Produtores Rurais Fazenda Bendizia.
O técnico Sérgio Coelho, representante do Ministério de Desenvolvimento Agrário que proferiu a primeira palestra, discorreu inúmeras informações de utilidade aos participantes. Coelho elencou produtos e serviços que o homem do campo pode buscar como programas de apoio à economia rural.
- São 55 programas que precisamos discutir com a participação da sociedade civil e os órgãos envolvidos. Precisamos provocar os promotores das políticas públicas para podermos avançar no processo de desenvolvimento rural, disse Sérgio.
Os programas foram mostrados aos produtores rurais dos assentamentos Bendizia, Prefeito Celso Daniel e Capelinha, do Acampamento 25 de Março, de Carapebus; das Associações de Produtores Rurais de Serra da Cruz, Crubixais, Califórnia e dos Feirantes de Macaé (AFEM). Dentre eles estão o crédito do Pronaf, o manejo dos recursos naturais em projetos de assentamento da reforma agrária, assistência técnica e capacitação dos assentados, ações socioeducativas e de convivência para crianças, além do programa bolsa família e do benefício de prestação continuada de assistência social à pessoa idosa.
- Macaé é a oitava economia rural do estado e a primeira em produção de feijão, por isso o seminário está discutindo a capacidade da economia da agricultura familiar com a perspectiva de trazer os próprios interessados para traçar as políticas públicas democráticas com o estado e o município,– afirmou Gilberto Áureo, representante das secretarias estaduais de Obras e de Agricultura que mantêm parcerias com o município na construção das estradas vicinais da Região serrana.
Participaram também como fomentadores de informações aos seminaristas, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), Banco do Brasil (BB) e o Movimento de Economia Popular Solidária (FMEPS) – Rede Abelha/Movimento Fé e Política.
Apostando no sucesso do evento, o gerente da Incubadora de Cooperativas de Macaé, Ângelo Luz Martins ressaltou sua importância para o pequeno produtor rural. “Significa acesso dos agricultores familiares aos programas de financiamento e crédito, além de conhecimento acerca das instituições promotoras das políticas públicas geradoras de trabalho e renda”, disse.
O gerente lembrou que desde 2005, o governo Riverton Mussi iniciou um processo de buscar os anseios das comunidades rurais. “De lá para cá temos desenvolvido a economia popular solidária com incentivos como a produção de artesanatos e feiras sociais, dando oportunidade a agricultura familiar/homem do campo de ter sua própria renda”, garantiu.