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Shalom and Life: valorização de vidas contra as drogas

04/11/2008 17:07:37 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Levar os residentes da Casa Terapêutica Shalom and Life a terem embasamento nos 12 passos de Narcóticos Anônimos (NA) é o objetivo do técnico em reabilitação em dependência química (conselheiro) Frank Rodrigues Neves (29). Há quatro anos atuando nesta unidade, que recebe apoio da prefeitura, ele busca transformar junto com toda uma equipe multidisciplinar a realidade negativa para uma situação favorável e harmônica.

São valorizadas vidas de pessoas que querem e precisam libertar-se, ainda que "só por hoje", dos vícios e da dependência química que têm destruído lares e destroçado famílias.

- Trabalho para promover nos internos – atualmente são 18 na Shalom and Life – uma realidade mais palpável, sem fantasias. É preciso aceitar as dificuldades, resolver os problemas e lutar contra os males – argumenta o técnico em reabilitação em dependência química. Frank lembra que o primeiro passo da programação de NA, que é baseada nos 12 passos de Alcoólicos Anônimos, acontece quando membros do público alvo admitem sua impotência perante o álcool e outras drogas, que perderam o domínio de suas vidas.

Para ele, é importante que o residente perceba que sua impotência não se dá apenas com referência às drogas, entretanto, ocorre diante de situações adversas. “Faz-se necessário aceitar as coisas que não se pode mudar e ter coragem para modificar a forma de lidar com elas”, afirma Frank.

Como exemplo de resultados positivos que ele obteve nestes quatro anos na casa, Frank citou o caso de um residente que passou pelo Shalom and Life. Teve recaídas. Foi necessário fazer intervenção, quando o jovem foi procurado e ouvido em sua casa. A visita o ajudou substancialmente, motivando-o a buscar o caminho da recuperação. Hoje, ele conseguiu voltar ao trabalho com a ajuda de grupos anônimos e do Shalom. “Nunca atuamos sós, mas há a colaboração da equipe, formando uma rede de apoio”, conta Frank.

O técnico comenta ainda acerca do segundo passo, que é acreditar no Poder Superior, que pode devolver a sanidade e a paz aos que querem deixar de ser usuários de substâncias psicoativas. “As pessoas devem perceber que a solução virá aos que fazem sua parte. Não se pode esperar de Deus e ficar de braços cruzados”, assegura.

Já no terceiro passo, as pessoas são conduzidas a decidirem entregar suas vidas aos cuidados do Poder Superior, da maneira que cada um o compreende. “Não pregamos a religião, porém valorizamos a espiritualidade como agente que apóia os internos a fim de lhes ajudar a ter vida nova”, garante Frank. Ele acrescenta que os internos são conduzidos a buscarem ser melhores pais, filhos, profissionais, mais amorosos e justos, respeitando seus próprios limites e as limitações dos semelhantes.