Foto: Robson Maia
Zé Mengão: 40 anos de história
A Subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph) de Macaé conferiu a José Vieira Rangel, o popular Zé Mengão, placa em homenagem aos 40 anos do bar Zé Mengão, que no próximo sábado (23) fechará definitivamente suas portas. Na placa, encontra-se a seguinte mensagem: “Pelos serviços prestados ao município, como testemunha ímpar da vida política, social, econômica e cultural de Macaé. Foram 40 anos de resistência cultural. Obrigado”.
Para o subsecretário da Semaph e professor de História, Ricardo Meirelles, ficam as indagações. Quantas pessoas importantes passaram pelo Bar Zé Mengão, ao longo de quatro décadas – intelectuais, políticos, estudantes, jovens e trabalhadores? Quantas conversas Zé Mengão ouviu que resultaram em coisas positivas para Macaé?
Como respostas, Meirelles cita o fato de que Zé Mengão é uma lenda viva da cidade porque foi na uma testemunha ocular da história desde quando Macaé era chamada carinhosamente de Princesinha do Atlântico.
- Foram muitos encontros, desencontros, reencontros, acordos e até mesmo desavenças que ele pôde conhecer, além de temas e assuntos que dizem respeito às ordens econômica, social, cultural e principalmente política de Macaé – justifica o subsecretário.
Ele conta também que as pessoas, ao irem tomar um cafezinho no Zé Mengão, discutiam a realidade social macaense, uma vez que o espaço desse bar era ocupado por pretendentes a cargos políticos, como vereadores, prefeitos e deputados.
- Na verdade, o Bar Zé Mengão foi um reflexo da voz popular, em sentido mais amplo e mais abrangente – relata o professor de História, acrescentando que o ex-vice-prefeito e deputado, além de radialista, Iltamir Abreu, comentou que estava navegando nas gôndolas dos canais da cidade italiana de Veneza, acompanhado de sua esposa, quando exclamou: “o que eu queria mesmo era estar em Macaé, bebendo cafezinho no Zé Mengão”. Isso ocorreu na década de 90.