O técnico da equipe Parolímpica de Basquete em cadeira de rodas de Macaé, Antônio Carlos Magalhães, o Pulga, foi convocado para ser o assistente técnico da Seleção Brasileira de Basquete que disputará as Paraolimpíadas em Pequim, na China. O técnico da equipe macaense patrocinada pela prefeitura de Macaé, já participou das Olimpíadas de Atlanta (EUA) em 1996, como técnico. Desde 2006, à frente da novata equipe Paraolímpica de Macaé, Pulga, ganhou campeonatos e colocou o time na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
- Tudo isso se deve ao meu retorno ao basquete de cadeirante, por meio do convite para dirigir a equipe recém-criada pela prefeitura em 2005. Começamos com 10 participantes, e hoje temos 33 atletas que disputam campeonatos regionais e o nacional. É uma raridade, poucas cidades do Brasil têm essa garra de tocar um projeto audacioso como o paraolímpico. Os atletas têm em Macaé toda a estrutura para treinar: um dos melhores ginásios do Brasil, transporte e um incentivo, que é o bolsa-atleta, comemora o técnico do Macaé ParaOlímpico.
A convocação do técnico para a Seleção Brasileira Paraolímpica de basquete em cadeira de rodas, se deve a indicação dos próprios atletas e ao retorno do profissional a esta modalidade. “Não sou uma pessoa política. Minha indicação para integrar a seleção, se deve à confiança que todos têm no meu trabalho, e isso é muito gratificante. O sucesso realizado aqui em Macaé, promoveu meu retorno às quadras do basquete em cadeira de rodas”, completa Pulga.
De 99 a 2004, Antônio Carlos esteve à frente da equipe de basquete (andante) do Vasco da Gama. Ficou um ano afastado, depois participou da ParaOlímpiada de Atlanta, nos Estados Unidos em 1996. Veio para Macaé em 2005, por indicação do presidente da Fundação de Esporte (Fesporte), Alex Moraes, e do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (CMPPD), para assumir a equipe Parolímpica de basquete em cadeira de rodascriada pelo prefeito de Macaé, Riverton Mussi.
- Começamos com 10 pessoas e agora, a equipe tem 33 atletas. Desde o começo tivemos todo apoio para desenvolver o projeto. Conheço os trabalhos em cidades grandes, como São José do Rio Preto e em Campinas, mas que não funcionam integralmente. Em Macaé, o projeto é desenvolvido 100%, o que é uma raridade. Além disso, o bolsa-atleta que é recebido por sete jogadores, é repartido entre todos os integrantes da equipe, sendo um incentivo a mais para o grupo, explica o técnico.
Rumo a Pequim – A primeira apresentação do grupo que participará da ParaOlimpíada em Pequim, na China, será no dia 13 de junho. Os treinamentos acontecerão a partir do dia 3 de agosto. Inicialmente, serão convocados 25 atletas, até o grupo ser reduzido para 12 atletas e mais três para caso de contusão. Este será a equipe definitiva que integrará a seleção que participará dos jogos na China.
– Treinaremos na Andef, em Niterói. Na segunda metade do mês de agosto, deveremos embarcar para a Europa, para uma série de amistosos na Bélgica, Alemanha, França e Holanda. De lá iremos para à China”, disse.
Enquanto Pulga estiver com a Seleção Brasileira, outro Antônio Carlos irá assumir a equipe de Macaé: “o Antônio Carlaos Gripp, o Totonho, ficará treinando o grupo enquanto eu estiver fora. Esse ano a equipe de Macaé vai disputar o Campeonato Regional e o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão”, ressalta o técnico.
- Mesmo treinando o time que irá à Pequim, estarei em Macaé, em julho, para o desfile do aniversário da cidade, com toda a equipe do paraolímpico. O trabalho que faço aqui é todo respaldado pelo município, que dá o suporte necessário para os atletas treinarem. Macaé já está no meu coração, relata Antônio Carlos.
O projeto da prefeitura é voltado para pessoas com deficiência nos membros inferiores, como paraplégicos, amputados ou com seqüelas de poliomielite.