O terminal rodoviário da Barra de Macaé, que está fechado para manutenção, foi palco no último domingo (4) do projeto Roda Viva da Cultura, que atraiu especialmente crianças do bairro e de locais circunvizinhos. Show de palhaço e de boa música instrumental, brincadeiras e pipoca integraram a programação, que surpreendeu o público com entrada franca.
O programa teve início com a “Roda dos Brincantes Festeiros”, onde a animadora cultural Juliana Manhães coordenou a diversão da meninada. Eles ficaram surpresos e alegres com a novidade que preencheu o dia. Algumas das crianças brincavam na rua ou vendiam picolés, antes de optarem em formar a roda. “Nunca tinha brincado assim antes. É muito legal”, disse Eduardo de Oliveira Rodrigues, de 9 anos.
À tarde, com um público maior, o palhaço Xodó, de Léo Carnevale, com seu show “Pulitrica vai à Praça”, fez grande sucesso. Principalmente suas mágicas, que contam com a participação de pessoas da platéia, cativaram o público.
Quem foi conferir teve a oportunidade de assistir ao show da banda 2º Set instrumental, formada pelos professores de conservatório e escola de música da região, Marcelo Pereira, na bateria; Eduardo Bruno, no saxofone; Junior Muniz, no contra-baixo e Cleiton Guimarães, no teclado. No repertório em estilo jazzístico; Bala com Bala, de João Bosco; Bluessete e Bananeira, de João Donato, um pout-pourri de Disparada e Asa Branca, e ainda, Spain, de Chick Corea.
O músico macaense Marcelo Pereira considera o projeto da Fundação Macaé de Cultura um desafio. Sua proposta é mostrar a música fruto de estudo e dedicação especialmente às crianças. “Queremos abrir as portas do Conservatório de Macaé de Música para elas. Mostrar esse trabalho e, quem sabe, despertar seu interesse”, disse.
Margareth Pereira Bernardo, 23 anos, moradora do bairro Fronteira, levou seus filhos de seis e três anos de idade ao terminal. “Achei a idéia interessante. Podemos apreciar um estilo novo de música. E as crianças gostaram mais das brincadeiras”, elogiou.
“Dá prazer ouvir esse tipo de música. Da próxima vez vou convidar meus pais”, disse o estudante da 8a série da Escola Samuel Brust, Joás Oliveira Pereira, 14 anos.
Também o comerciante ambulante de entretenimento, João Batista Antônio, considerou importante o projeto Roda Viva da Cultura como gerador de renda. “Esse evento atrai crianças que poderiam estar soltas nas ruas. E ajuda também quem trabalha com pula-pula e outros brinquedos”, acrescentou.
