Agricultura familiar contribui para Educação Alimentar em Macaé
Foto: Arquivo Secom / Bruno Campos
Em 2024, um total de 233 mil quilos de gêneros alimentícios da agricultura familiar foram adquiridos para a merenda escolar
A Educação Alimentar e a culinária cultural, aliadas a um cardápio nutritivo e variado, recebem atenção especial da Secretaria de Educação de Macaé (Semed). Para isso, a Prefeitura adquiriu, em 2024, 233 mil quilos de gêneros alimentícios da agricultura familiar local. Isso representa a reposição semanal de 12 mil quilos para a merenda das escolas municipais. Todo o serviço prestado por cerca de 380 funcionários que atuam diretamente para o preparo da merenda é fiscalizado pela equipe de nutricionistas da Semed.
A fiscalização técnica atua em concordância com o Programa Nacional de Alimentação Escolar/ Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (PNAE/FNDE) e a gestão atende às diretrizes da Política Nacional da Agricultura Familiar (Lei 11.326/2006) e o Decreto 9.064/2017, que institui o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). São considerados agricultores familiares os pequenos produtores rurais que atuam em conjunto com a família, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. Os contratos, realizados por meio de chamada pública municipal, tem o intuito de otimizar a economia dos pequenos agricultores. Os gêneros adquiridos para a merenda são sazonais, não estocados, e sem adição excessiva de agrotóxicos.
“A aquisição de alimentos da agricultura familiar favorece à boa alimentação do aluno em seu período estudantil e à Educação Alimentar, o estímulo ao consumo, desde à infância, de alimentos naturais e não ultraprocessados. Nós ainda atendemos à resolução do PNAE, de acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre obesidade, e não introduzimos açúcar na merenda de crianças do maternal. Há também restrição para embutidos na merenda escolar, conforme regulação”, salienta o coordenador da Merenda Escolar da Semed e gestor do contrato 086/2022 com a empresa Sepat, Maurício Cooper.
Atualmente são servidas de 50 mil a 70 mil refeições por dia para alunos da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas 110 unidades escolares (incluindo anexos). Na última quarta-feira de cada mês, dia do projeto Nutriafro, o cardápio inclui pratos da culinária indígena e africana. Neste dia, estes temas são trabalhados com os alunos de acordo com seu ano de escolaridade. Há ainda um cardápio especial voltado para alunos com patologias alimentares.
“Para o cardápio para patologias, o diretor das escolas nos envia o laudo médico do aluno. Este cardápio é planejado pela escola. Todos os cardápios são elaborados com três meses de antecedência. Semanalmente há a renovação das despensas das escolas, que incluem os insumos para intolerâncias alimentares. Elaboramos um cardápio atrativo e que supre as necessidades alimentares do aluno. Nós ouvimos sugestões dos diretores e pesquisamos durante as visitas às escolas”, acrescenta Maurício.
Nas escolas municipais, alunos em horário parcial recebem em dias letivos desjejum ou lanche da tarde e almoço. Já o lanche da tarde nas escolas de Horário Integral é diferenciado do oferecido no desjejum, com a oferta de três refeições diferentes ao dia.