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Educação Especial atende cerca de 800 alunos na rede municipal

12/12/2016 15:07:00 - Jornalista: Joanna Benjamin

Foto: Arquivo

São 77 professores de Atendimento Especializado ao Escolar

A Secretaria de Educação, por meio da Coordenação de Educação Especial Inclusiva, desenvolve trabalhos e atendimentos especializados com alunos que apresentam algum tipo de deficiência física, múltipla, intelectual, transtorno global de desenvolvimento, auditiva e visual. São 77 professores de Atendimento Especializado ao Escolar que atendem cerca de 800 alunos em 52 salas multifuncionais. A rede também atua em salas regulares, com apoio dos auxiliares de serviços escolares, que acompanham diariamente as aulas, contribuindo na aprendizagem e no crescimento.

Os alunos com diagnóstico de superdotação participam de oficinas oferecidas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no Campus Macaé para enriquecimento dos alunos nas áreas de Química, Física e Meteorologia, e cursos de idiomas ministrados na Cidade Universitária.

De acordo com a Subsecretaria de Apoio ao Especializado, atendendo ao decreto n°6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), oferecidos em salas de recursos multifuncionais ou em centros de atendimento Educacional Especializado da rede publica.

- Os 77 professores de Atenção Educacional Especializado têm função de complementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de aprendizagem. A educação especial acontece em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, tendo os professores AEE como parte integrante do processo educacional - explica o subsecretário de Atendimento Especializado ao Escolar, Adriano Marques.

Segundo a coordenadora da Educação Especial, Regina Pinho, o público-alvo dos professores AEE são alunos com impedimento de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial; com transtornos globais do desenvolvimento; os que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras, incluindo os alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação e alunos com altas habilidades/superdotação; e os que apresentam um potencial elevado e grande desenvolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, psicomotora, artes e criatividade.

Resultados apontam melhora da produtividade escolar e vida social

A equipe interdisciplinar do Cemeaes é formada por professores, psicopedagogos, pedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Os resultados apontam a melhora dos atendidos em vários aspectos: funcional com respeito à área motora, elevação da autoestima, motivação e relação social, além da melhora da produtividade escolar, do rendimento físico, do desempenho das atividades da vida prática e diária, principalmente com relação à independência.

Solange Maria Lima dos Santos é mãe da Vitória Emanuelle Lima da Silva, 16 anos, que possui deficiência intelectual, aluna do 6° ano da Escola Municipalizada Leonel de Moura Brizola, Aeroporto. Há seis meses, sua filha começou a ter acompanhamento direcionado por uma auxiliar de serviço escolar e a partir de então seu desenvolvimento foi enorme. "Através do caderno da minha filha está comprovado o desenvolvimento. A inclusão social dentro da sala regular me surpreendeu. Vitória, no contraturno, tem apoio pedagógico, psicomotricidade aquática e no solo, estimulando a parte motora", explica a mãe, que leva Vitória três vezes por semana ao Cemeaes da Barra.

Já Berenice Carvalho de Oliveira, mãe da Lara Carvalho de Oliveira, 10 anos, aluna da Escola Municipal Renato Martins, localizada na Ajuda de Baixo, destaca o quanto a filha se realiza fazendo psicomotricidade aquática. "Lara é a terceira filha de uma gestação trigemelar e durante o parto faltou oxigênio e por conta disso nasceu com algumas limitações. Há cinco anos faz tratamento. Foi diagnosticado que, além de algumas limitações mentais, ela tem autismo. Toda criança com autismo gosta de silêncio, tranquilidade, e Lara ama piscina, principalmente mergulhar, que é um momento onde o silêncio é exclusivo e ela consegue se sentir bem", explica Berenice.

De acordo com a professora de Educação Física especialista em psicopedagogia e psicomotricidade especial para autista, Gabriela Santiago, que trabalha há 16 anos no Cemeaes da Barra, o dia a dia com os alunos especiais é um grande aprendizado. "Eles nos surpreendem e nos fazem ver o mundo diferente".