HIV/Aids é tema de seminário na Cidade Universitária nesta quinta

Os novos casos de Aids no Brasil aumentaram 3% entre 2010 e 2016, o que representa mais 1.000 pessoas infectadas pelo vírus HIV nos últimos seis anos, segundo relatórios do Unaids/ONU. O programa é uma ação conjunta das nações unidas sobre HIV/Aids, na contramão das estatísticas mundiais, que registraram queda de média de 11%, no mesmo período. Se os números preocupam, a prevenção e a reflexão são os caminhos sobre o tema, que será debatido com a população durante o primeiro Seminário Refletindo sobre HIV/Aids em Macaé, nesta quinta-feira (30), das 8h ao meio-dia, no auditório Claudio Ulpiano, Bloco A, da Cidade Universitária.

O evento acontece na véspera do Dia Mundial Contra a Aids, sexta-feira (1º de dezembro), organizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ – campus Macaé), em parceria com o Programa IST/Aids da prefeitura, que oferece, gratuitamente, na rede municipal de saúde, atendimento e tratamento para as pessoas infectadas. A entrada é franca.

A ideia do seminário é mobilizar as pessoas em torno do combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), principalmente, por meio do contato sexual oral, vaginal e/ou anal sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.

O seminário será aberto com palestra sobre o “Panorama Nacional, Fluminense e Macaense Diante do HIV/Aids”, seguida, às 9h, de mesa-redonda com debate, de duas horas, envolvendo o público sobre “Assistência em Saúde Frente ao HIV/Aids em Macaé nos Diferentes Níveis de Atenção”. Às 11h, será apresentado o Painel “A Temática do HIV/Aids Subsidiando a Pesquisa na Graduação” e, no encerramento, quem quiser poderá compartilhar suas experiências sobre viver com Aids.

Segundo especialistas, o tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. A terminologia IST passa a ser adotada a nível de Brasil em substituição à antiga expressão DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Isto porque os especialistas destacam a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir a infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

Atualmente, cerca de 800 mil brasileiros vivem com Aids. No entanto, está aumentando a expectativa de vida dos soropositivos que têm mais acesso ao tratamento e, por isto, vivem mais e melhor, fruto dos resultados positivos das políticas públicas no combate à Aids, como o programa IST/Aids da Prefeitura de Macaé, que contribui para a queda de 42,3% na mortalidade provocada pelo HIV/Aids no Brasil nos últimos 20 anos.

Os participantes do seminário receberão certificado. A organização por parte da UFRJ-campus Macaé é das equipes dos projetos “Promoção da Saúde e Prevenção das ISTs em Macaé", do curso de Enfermagem e Obstetrícia, e "Conhecendo e Promovendo o Cuidado Nutricional, Autopercepção da Imagem Corporal e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/Aids por Meio da Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade no município", do curso de Nutrição.

A Cidade Universitária está localizada à Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.

Dia Mundial de Luta contra a Aids

O dia 1º de dezembro, próxima sexta-feira, marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, por decisão da ONU, com o objetivo de chamar a atenção das pessoas para a epidemia.

É um dia que, a cada ano, deve servir para desenvolver e intensificar o esforço mundial da luta contra a Aids e estabelecer o entrelaçamento de comunicação, promover troca de informações e experiências e criar um espírito de tolerância social.

Aids - A Aids, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma infecção do sistema imunológico humano resultante do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).

HIV - O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas. Mas, ainda assim, podem transmitir o vírus a outras pessoas.

Prevenção - Sexo seguro ou protegido com o uso de preservativo e não compartilhar seringas são formas de prevenção. Há riscos também em transfusão de sangue e acidentes com agulhas. (Fonte: cartilha cardápio da prevenção do Grupo de Incentivo à Vida - http://giv.org.br).