Projeto “Dançando na escola para não dançar na vida” no Colégio Municipal Botafogo
Como resultado dos trabalhos do projeto “Dançando na escola para não dançar na vida”, desenvolvido no Colégio Municipal Botafogo, alunas de ballet e jazz realizaram uma apresentação para alunos, pais e funcionários da instituição. A apresentação aconteceu na segunda-feira (29), na própria escola. As bailarinas mostraram em suas apresentações o que foi aprendido no período de um ano desde que o projeto foi implantado, deixando a plateia emocionada.
O projeto desenvolvido no Colégio Botafogo é uma ação integrada ao Programa Escola em Ação, uma iniciativa da empresa Odebrecht Óleo & Gás, em parceria com a Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
— O “Escola em Ação” é uma possibilidade real para melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes que vivem em comunidades historicamente marginalizadas e para disseminação da cultura de paz no universo escolar — afirma o coordenador do projeto, Domiciano de Souza.
O secretário de Educação, Guto Garcia, considera o projeto como uma possibilidade real para a inclusão social de crianças e jovens. “Atividades extracurriculares como as que são desenvolvidas pelo Colégio Botafogo, contribuem para o desenvolvimento destas crianças, além de melhorar a autoestima e promover a integração. Trata-se de um projeto que se preocupa com o aluno como ser humano”, destaca.
A diretora do Colégio Botafogo, Luiziana Simões de Almeida, também acredita na integração e, especialmente, na inclusão através da arte. “Esse projeto é um ganho enorme para essa comunidade, pois faz com que a inclusão seja total, não só de alguém que seja portador de alguma necessidade especial, mas de inclusão do cidadão na rede e nas possibilidades que essa rede pode oferecer. A cada dia eles travam barreiras para se superar. E ver tudo isso é maravilhoso”, diz.
O “Dançando na escola para não dançar na vida” começou em agosto de 2010 e hoje atende cerca de 50 alunos de 11 a 17 anos. Para participar das atividades, os alunos devem ter assiduidade e bom rendimento escolar. As atividades acontecem no contraturno, esta é uma forma de garantir um maior tempo de permanência das crianças e adolescentes no ambiente escolar. “Visamos à autonomia dos alunos, para que eles tenham perspectivas e futuramente possam ser profissionais de ballet e jazz”, afirma o professor de dança do projeto, Fábio Narduchi.
Para a bailarina Kaíssa de Barros Nunes, de 17 anos, que está cursando o 9º ano, o projeto “Dançando na escola para não dançar na vida” vai muito além de trabalhar a expressão corporal e a musicalidade. “Fazer as aulas ajudou a me desenvolver muito mais na vida, não só na escola, mas também lá fora. Através da dança podemos passar o sentimento que temos em nós para todos”, descreve.
A colega Ana Beatriz de Oliveira, de 11 anos, que cursa o 5º ano concorda com Kaíssa. “A dança me trouxe muitas coisas boas. Estou com os meus estudos mais avançados e acho que sou uma pessoa muito melhor”, complementa.
A aluna Emilly Peçanha de Jesus, 13 anos, também estudante do 5º ano, já planeja um futuro na dança. “Esse projeto é muito bom, pois todos se ajudam para que possamos nos superar a cada dia. No futuro espero continuar na dança para chegar a ser uma bailarina profissional”, acredita.