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Sustentabilidade e inclusão social da Escola Ancyra Pimentel são destaque

29/05/2013 17:07:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Guga Malheiros

Escola é destaque por ser uma das pioneiras da rede municipal a frisar as habilidades dos estudantes

Sustentabilidade, geração de rendas e oportunidades. Estas são algumas das finalidades da oficina de arte "Promovendo e Produzindo", do projeto "Produzindo Autonomia", ministrado na Escola Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, situada no Miramar. A oficina, que já é reconhecida pelos moradores e comerciantes do bairro, é alvo de orgulho da rede municipal de ensino. A prova disso é o prêmio de Responsabilidade Socioambiental Bacia de Campos, conquistado na Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos. A premiação visa apoiar iniciativas inovadoras de empreendedores sociais e núcleos de pesquisa.

Este ano, o projeto “Produzindo Autonomia” está movimentando o Laboratório de Ciências da unidade, que fica próxima ao Morro de Sant`Ana. Mais de 40 alunos das turmas do 8º e 9º anos de escolaridade se envolvem com os estudantes com necessidades educacionais especiais (deficiência intelectual e surdez) e em situação de vulnerabilidade social na produção do sabão artesanal.

A Escola Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel está se destacando por ser uma das pioneiras da rede municipal a frisar as habilidades dos estudantes na produção de sabões artesanais, reaproveitando óleo de cozinha. Este ano, a intenção da direção da escola não é apenas a adesão da comunidade ao projeto, mas que a oficina deixe de ser artesanal para que os alunos participantes tenham possibilidades no mercado de trabalho e comprovem que sabem cumprir regras.

Os alunos da Educação Especial são conduzidos por uma equipe composta por especialistas em déficit intelectual, intérprete de Libras e professores de Braille, em oficinas que acontecem em horário de contraturno. O sabão produzido é pastoso e serve para lavar louças.

Os participantes, que fazem parte da sala de Recursos, Ramon Peçanha, 18 anos e Kathelyn Apolinário da Silva, 13 anos, comentam que a oficina é maravilhosa. “Gosto muito de estudar no laboratório, mexer com o óleo e transformar em sabão. O que recebo eu ajudo minha mãe e compro algumas roupas”, contou, acompanhado da professora de Libras. Com a comercialização, os alunos recebem 20% da venda.

Para o professor de Ciências, Éder Peçanha, o projeto mudou o perfil dos estudantes. “Além da responsabilidade social e da responsabilidade diante das atividades, percebi que os alunos estão cada vez mais reflexivos e conscientes do papel no meio ambiente”, disse.

O professor lembrou que a transformação do óleo contribui para o processo ensino-aprendizagem. O trabalho da oficina conta com o apoio de uma equipe composta por especialistas em déficit intelectual, intérprete de Libras e professores de Braille em oficinas.

De acordo com o diretor da escola, Gilson Vaz Teixeira, o projeto enfatiza não apenas sustentabilidade, mas cidadania. “A valorização do projeto da escola é uma prova do compromisso dos nossos estudantes e profissionais e do comprometimento da sociedade”, observou.

Além disso, a produção, alvo de elogios em todo o bairro, é utilizada até mesmo pelos professores. “Nossos sabões são reconhecidos pelos usuários pela eficácia e maciez na lavagem de roupas e louças. Gosto muito de utilizá-los. O melhor é que estamos conseguindo atingir objetivos como a autonomia dos estudantes”, finalizou a professora da Sala Multifuncional, Rosimara Souza e Silva.


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