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V Mostra Cultural do CAp continua nesta sexta

12/11/2015 16:52:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Foto: Bruno Campos

Protagonismo negro e indígena no Brasil são temas abordados pelos alunos

“O CAp nos guia para um objetivo concreto de vida. Aqui vivemos um processo diário de construção de pessoas, porque juntos o dia todo aprendemos mais do que o conhecimento em sala de aula, aprendemos a lidar com as diferenças de cada um e a vencer nossos preconceitos até com a gente mesmo”. Foi assim que, durante a V Mostra Cultural da Diversidade Étnico-Racial do Colégio de Aplicação (CAp), da prefeitura, Luiz Victor Rufino, 18 anos, aluno do 3º ano, definiu o colégio que ele conhece bem, pois estuda lá desde o primeiro ano do Ensino Médio e quer cursar Publicidade e História – o primeiro por sonho e o segundo de tanto que gosta das atividades de pesquisas desenvolvidas no CAp.

O evento começou nesta quinta (12) e termina na sexta-feira (13), das 8h30 às 16h, levando alunos do colégio e o público em geral à reflexão sobre o tema “Protagonismo Negro e Indígena no Brasil (Re)Conhecendo a Nossa História”. Trata-se do maior evento realizado anualmente pelo colégio através do Setor Cultura que engloba as Ciências Humanas: História, Geografia, Sociologia e Filosofia. A mostra acontece desde 2011 e é a oportunidade também de alunos de outras escolas públicas e privadas visitarem o CAp.

A coordenadora, professora Daiana de Souza Andrade, disse que, além do trabalho de humanidades, a mostra é o momento em que os alunos passam em torno de três meses focados nas pesquisas para as apresentações. Em todo o evento, alunos e professores estão envolvidos na comunicação, audiovisual, gestão, recepção, seminários e toda organização.

- Quando o CAp aposta em eventos como esta mostra acredita que nossos alunos têm potencial e buscamos, com isto, um maior conhecimento através dos projetos que eles desenvolvem e apresentam aqui. A mostra é um momento de transformação interna deles que acabam levando para as pessoas e multiplicando o conhecimento que aprendem muito mais do que só nos livros - destacou a diretora geral do colégio, Wanessa Leal.

Num bate-papo com os alunos, no primeiro intervalo dos circuitos, neste primeiro dia do evento, a professora Daiana descobre coisas encantadoras das impressões deles, como da aluna Gabriela Tomé: “A gente entrou muito no clima, compôs dois sambas e isso é fantástico para a nossa vida”. Na mostra os alunos também aprendem a tocar tambor, a dançar o jongo, a viver o que estudam no que chamam de “o maravilhoso mundo do conhecimento”.

O CAp é mantido pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac) e funciona à Alameda Raimundo Corrêa, 151, bairro Novo Cavaleiros.



Abordagens:

Grande Otelo; A Pequena África na Cidade do Rio de Janeiro; Ações Afirmativas I: Análise do Sistema de Cotas da Uerj; Ações Afirmativas II: o Instituto Rio Branco; Darcy Ribeiro; Candeia; Festa do Kuruap; Ritual da Moça Nova entre os Ticunas; Ritual da Cabeça Troféu entre os Munduruku; Abdias Nascimento; Ruth de Souza; Clube Renascença: Associativismo Negro; Movimento Negro no Brasil: Frente Negra Brasileira; Agudás do Benin; A Influência da Cultura Brasileira nos Países Africanos de Língua Portuguesa; Festival de Parintins; Demarcação de Terras Indígenas; Marechal Rondon; Literatura Angolana; Literatura Moçambicana; Gilberto Freire; Avanços e Desafios do Estatuto da Igualdade Racial; Os Debates Acerca da Democracia Racial; A Mídia e a Sexualização da Mulher Negra; Movimento Negro no Brasil II: Movimento Negro Unificado; Heitor dos Prazeres; Jongo; e Samba de Roda da Bahia.


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