Alunas do CAp-Funemac desenvolvem projeto para descarte correto de lixo tóxico
Apegar-se a bens materiais que já não possuem mais serventia pode ser mais ofensivo do que parece. A maioria dos adultos não faz ideia do perigo que guarda dentro de casa ao acumular pilhas, baterias, remédios vencidos e até aquele freezer velho que virou porta objetos.
Em uma tentativa sólida de convencer e demonstrar os efeitos nocivos da proliferação de gases tóxicos e líquidos poluentes que o descarte incorreto destes materiais pode gerar, um grupo de estudantes do Colégio de Aplicação da Fundação Educacional de Macaé (CAp-Funemac) resolveu investir no tema como projeto na 5ª Edição da Feira de Ciências da instituição.
Além de contaminar o meio ambiente, já que em contato com o solo, esses metais pesados contaminam o lençol freático e, se queimados, liberam toxinas perigosas podendo ainda provocar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões, terrenos baldios ou na rua. Os computadores e celulares, por exemplo, contêm, em suas composições, as seguintes substâncias tóxicas: chumbo (prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso. Afeta sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor), cádmio (agente cancerígeno).
A iniciativa deu tão certo que o colégio pretende criar um ponto de descarte de lixo tóxico para pais, alunos e funcionários do CAp. Para as alunas Gabriela Fonseca do 2º ano, e Mariana Dutra e Gabriella Moneque, do 1º ano, o projeto visa a conscientização sobre os impactos ambientais e fisiológicos provenientes do descarte de resíduos tecnológicos. Através de slides, as adolescentes chamaram atenção para os milhares de casos envolvendo mortes e doenças acarretadas pelo despejo incorreto de lixo tóxico no solo.
- No mundo todo a coleta seletiva de lixo comum que termina em reciclagem gira em torno de 3%. Já a coleta de resíduos tecnológicos não possuí números, é praticamente inexistente. As pessoas não têm acesso a informações primárias, como a de que as lojas que nos vendem aparelhos celulares são obrigadas por lei a recebê-lo de volta e descartá-lo da maneira correta sem causar danos ao meio ambiente, explica Gabriela Fonseca
As alunas ensinam o caminho para quem deseja descartar seu lixo tóxico produzido da maneira correta. Basta ir até Praça Washington Luiz, no Centro, de segunda à sexta entre 8h às 17h, onde há um Posto de Coleta de Resíduos Tecnológicos.