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Alunos do Colégio de Aplicação se destacam na Olimpíada de Matemática

30/12/2024 08:50:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Divulgação

Foram três medalhistas, ouro, prata e bronze e sete menções honrosas, sendo a medalha de ouro inédita no Ensino Médio.

Para alguns estudantes, ela é uma das disciplinas mais temidas. Para outros, é a preferida: matemática. Alunos do Colégio de Aplicação de Macaé (CAp), obtiveram excelente resultado na 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP - 2024). No CAp foram três medalhistas, ouro, prata e bronze e sete menções honrosas, sendo a medalha de ouro inédita no Ensino Médio.

Para o professor de matemática, Paulo Henrique, o resultado exitoso dos alunos se deu por conta da formação de um grupo de estudos criado pelos próprios alunos.



“Neste grupo, liderado pelo Gabriel Evangelista, medalhista de prata, foram abordados temas que são cobrados na OBMEP e também a realização de vários exercícios associados às provas anteriores. Esse grupo de estudo foi um marco importante e vamos continuar para obtermos mais medalhas nas próximas edições”, frisou o professor.



A medalhista de ouro, Joana Diniz, do 3° ano do Ensino Médio do CAp, conta sobre sua conquista e a paixão pela matemática.



“A sensação é incrível, porque as realizações intelectuais são algumas das mais importantes pra mim, então fechar o Ensino Médio com uma medalha da OBMEP foi um ótimo presente pra mim mesma. Mas, pra falar a verdade, quando eu vi a medalha, uma sensação que veio junto com o êxtase foi o alívio”, disse, acrescentando que medalha é o resultado de 18 anos de paixão pela matemática.



Durante os três anos do ensino médio, Joana participou da Olimpíada. Na primeira participação recebeu menção honrosa, já na segunda competição a medalha de prata e nesta edição a conquista da medalha de ouro.



“Uma coisa interessante é que, antes de conquistar a medalha, a gente vê os medalhistas como a coisa mais extraordinária e inalcançável. Mas, pelo menos no meu caso, uma vez que eu ganhe, eu não consigo achar isso tão extraordinário é impossível. Mas acho que essa sensação de descobrir que um prêmio como esses não é uma coisa de outro mundo é importante, para sabermos que outras coisas que parecem que nunca vamos conseguir podem estar ao alcance da nossa mão”, observou.



A estudante fez o Enem em novembro, mas o seu principal objetivo é estudar na USP, e também tentou vestibular para a Fuvest.



“Eu pretendo fazer bacharelado em Física, pra virar pesquisadora”, contou, decidida.



Medalhista de prata e idealizador do Grupo de Estudos, Gabriel Evangelista, conta como surgiu a ideia de criar o grupo.



“A proposta surgiu como uma oportunidade de incentivar as mentes brilhantes que temos no colégio a se prepararem. Muitos alunos do ensino público não conhecem as portas que essa prova abre para o ensino superior e a grande motivação que a OBMEP representa para os estudantes que buscam conhecimento de forma mais autônoma”, falou.



Gabriel acrescentou que ele e o professor Paulo Henrique, iniciaram em abril, uma sala de aula online com material de estudo e depois os encontros foram presenciais.



“Nestes encontros do Grupo de Estudos passava um pouco da minha experiência com a Olimpíada para os demais interessados. No princípio, contamos com a participação de aproximadamente 15 alunos. Depois da primeira fase da Olimpíada e da seleção para segunda fase, a frequência nos encontros diminuiu bastante, porém, os que permaneceram foram os alunos convictos que, através do esforço, colheram frutos no final do ano", pontuou.



Além da Olimpíada de Matemática, Gabriel também se dedicou para o vestibular.



“Acabei de concluir o Ensino Médio e prestei vestibular para Engenharia da Computação. Tenho muita vontade de fazer Mestrado em Matemática, voltado para assuntos computacionais”.



Quem também conquistou uma medalha foi o aluno do primeiro ano, Felipe Gandini, com o bronze.



"Esse grupo de estudos foi muito importante para concretizar as conquistas da escola esse ano. Eu não tinha participado antes de um projeto voltado para essas olimpíadas, mas aproveitei muito e com certeza foi essencial para que eu conseguisse "medalhar". É uma oportunidade gigante para todos os alunos, e é um exemplo de projeto no meio escolar organizado por alunos, algo que o CAp promove muito", observou.



O estudante Artur Diniz, que recebeu menção honrosa por sua excelente participação na Olimpíada de Matemática, também contou como foi importante o Grupo de Estudos para o seu desempenho.



"A melhor parte foi poder trocar ideias com outros alunos. A gente se reunia para estudar, tirava dúvidas e aprendia uns com os outros. Foi nessa troca que eu vi que a matemática não é só uma matéria, mas uma forma de pensar e resolver problemas. A OBMEP me ajudou a desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e a persistência. Aprendi que, mesmo quando não sei a resposta de cara, posso encontrar a solução se eu me dedicar e não desistir. Além disso, a OBMEP me abriu muitas portas. Conheci professores incríveis, participei de programas de iniciação científica e fiz amigos para a vida toda", disse.



Outros alunos do CAp também se destacaram na 19ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática com menções honrosas. São eles: Kayke Natalino, Pedro Paulo Landim, Pedro Arthur, Lara Paes, Thiago Kyoshi e Gabriela Fabiano.

A Olimpíada Brasileira de Matemática é uma realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e dos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A olimpíada ocorreu em duas fases, sendo a primeira composta de uma prova objetiva de 20 questões e a segunda de uma prova discursiva de seis questões. A 1ª fase da OBMEP foi realizada no mês de junho e os classificados para a segunda fase fizeram a prova em outubro.


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