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Biblioteca comunitária atrai olhares em ponto de ônibus na Serra

05/04/2016 15:13:00 - Jornalista: Carla Cardoso e Ana Menezes

Foto: Divulgação

Biblioteca funciona 24 horas

É pelo ponto de ônibus da Estrada Macaé - Glicério que passam todos os moradores de Córrego do Ouro, na Serra Macaense, quando precisam vir para a sede do município. Ao usarem o transporte público que percorre esse trajeto, é possível aproveitar a viagem e admirar, pela janela, que a tranquilidade e o cenário bucólico do lugarejo são dignos de um romance de época...

Ou, então, quem sabe, acompanhar, de fato, uma bela história de amor de séculos passados, ou um complicado caso policial, nos livros da biblioteca comunitária, que há algum tempo atrai olhares curiosos dos amantes da leitura naquele local. A biblioteca fica próxima à Escola Municipal Natálio Salvador Antunes, na RJ-162.

A biblioteca funciona 24h e foi uma iniciativa do professor de português e literatura, Rodrigo Romeiro, da Escola Municipal Natálio Salvador Antunes, que orientou cerca de 25 alunos do primeiro ano, do Ensino Médio, em um projeto no terceiro bimestre de 2015. O trabalho integrado uniu corpo docente, alunos, família e comunidade, na estrutura, pintura e organização dos livros. Quem toma conta e preserva é a população local.

Para montar as estantes coloridas, alunos e professores se empenharam na construção, usando materiais recicláveis, como caixotes e pedaços de madeira. A biblioteca comunitária começou com cerca de 50 livros, entre clássicos da literatura, romances, crônicas, histórias e poesia, e chama a atenção de quem passa pelo local.

Moradora há 15 anos na localidade, a publicitária Carla Dutra, 29 anos, achou ótima a iniciativa. Carla utiliza o transporte público todos os dias e, portanto, acompanha de perto, o vai e vem dos livros.

- No projeto, qualquer pessoa pode participar. Há muitas pessoas na localidade que gostam de leitura e sentimos falta de espaços como esses. Vi muitos livros didáticos. Saio de casa bem cedo e chego mais tarde, então, ainda não consegui ler nenhum livro disponível por lá, por conta dos meus horários. Mas vejo muita gente olhando, além de acompanhar que tem dia que os caixotes estão vazios, de tanta gente que pega livro emprestado. Acho muito legal as pessoas poderem colaborar e doar para que outras possam ler também - explicou.

O projeto é mantido por doações. É possível pegar algum emprestado e colocar outro no lugar. Mas é regra é clara: leia e devolva, para possibilitar que outras pessoas também possam usufruir do serviço. Além de livros, é possível encontrar revistas no acervo.