Classe Hospitalar atendeu cerca de dois mil alunos este ano
Foto: Divulgação
Atendimento permite que o paciente acompanhe o calendário escolar
O programa "Classe Hospitalar" está contribuindo para reintegração à escola após alta do hospital. A iniciativa é uma ação conjunta entre as secretarias de Educação e Saúde. Uma equipe de professores acompanha a escolarização dentro do hospital e depois da alta do aluno, caso necessário, é feito o atendimento domiciliar. Um dos objetivos é evitar a evasão pelo fato de estar acamado. Conforme o estado de saúde, o aluno realiza atividades escolares e até provas no hospital.
As atividades são planejadas toda quarta-feira, em forma de oficinas de leitura e escrita, jogos e artes que propiciam situações de ensino, garantindo momentos de prazer, de lazer, além da construção e manutenção do lúdico, respeitando e adequando ao estado físico e enfermidade do estudante-paciente.
As ações são ministradas em uma sala específica no Hospital Público Municipal (HPM) dotada de brinquedos pedagógicos, mesa para atividades e materiais didáticos voltados ao ensino-aprendizagem. As profissionais Rita Luziê e Elian Dias Ferreira estão no programa desde sua implantação, em 2011, e relatam com orgulho os casos que acompanharam. "Tivemos muitos casos, mas nos lembramos do aluno Vinícius, vítima de um acidente. Estava de bicicleta foi atropelado por um ônibus, ficou oito meses conosco e, devido ao programa, conseguiu acompanhar a escola. Lembramos também de Dayane que foi uma aluna vítima de queimaduras e ficou um ano no hospital com toda assistência".
Márcia Cezério, mãe de Davi Lucas, está, há duas semanas, cuidando de uma pneumonia do filho no HPM. "O programa Classe Hospitalar nos oferece a assistência necessária nesse momento". Cleidiane Silva, mãe de Jamile da Silva, que investiga problemas intestinais da menina, está há um mês na unidade. "Não apenas as atividades pedagógicas para o aluno, mas nós responsáveis ficamos muito tempo com a criança no hospital e temos o apoio da equipe da Classe Hospitalar".
A secretária interina de Educação, Leandra Lopes, explica que a ação ainda abrange assistentes sociais e psicólogos, responsáveis por reunir as famílias em acolhimento especial. "Durante a atividade, os responsáveis pelos alunos hospitalizados recebem orientações específicas que visam reforçar o apoio junto aos pacientes e apoio".
Com o programa, o governo municipal segue as determinações do Ministério da Educação (MEC) que indica a ação integrada entre os sistemas de ensino e saúde, por meio das classes hospitalares, na tentativa de dar continuidade ao processo de desenvolvimento e aprendizagem.