Dia Nacional do Surdo é marcado por oficina de Tecnologia Assistiva

Mais de 55 professores, que atuam nas 46 salas de recursos multifuncionais da rede municipal de ensino, participaram no decorrer desta sexta-feira (26), Dia Nacional do Surdo, da oficina de Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa. A programação, realizada na sede da Secretaria de Educação, contou com aulas teóricas e práticas para os integrantes. A programação alusiva à data segue até terça-feira (30), em várias instituições e unidades municipais. Hoje, o ensino municipal conta com 54 alunos com surdez ou deficiência auditiva.

A oficina foi ministrada pela professora, mestranda do curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão e responsável pela Oficina de Tecnologia Assistiva na Fundação Municipal de Educação de Niterói/Educação Especial, Aimi Tanikawa. “Esta é a primeira vez que visito Macaé. Estou muito satisfeita com o entusiasmo dos profissionais. A intenção é melhor atender aos alunos com deficiência, facilitar a inclusão e participação nas propostas pedagógicas, que visam tratar das especificidades e do desenvolvimento da autonomia de cada um dos alunos, que são atendidos nas salas de recursos multifuncionais”, conta.

Durante a palestra foi enfocada a importância das adaptações de acesso e dos jogos educativos, com a exposição de diversos materiais que podem ser elaborados por meio de emborrachados e utilizados com os alunos da Educação Especial. Como exemplo de recursos didáticos estão: prancha, lápis engrossador, tesoura adaptada e materiais de rotina como pente, escova de dente e pincel, que visam facilitar a coordenação motora e reforçar a autonomia dos alunos.

A programação foi alvo de elogios dos professores participantes. Entre eles, estão Raquel Ramos Pereira, que atua no Ciep Municipalizado Oscar Cordeiro e as educadora da sala de recursos do Colégio Municipal Interagir, Ângela Pinto Manhães. “Parabenizo a coordenação por proporcionar esta troca de experiências e esta palestra, fatores que poderão contribuir com nosso dia a dia. Quanto mais conhecimento adquirimos, mais qualidade terão nossas práticas. Programações como estas, devem sempre acontecer e até mesmo serem ampliadas para toda rede municipal”, ressalta.

De acordo com a coordenadora de Educação Especial, Regina Signe, as tecnologias assistivas existem para disponibilizar recursos e serviços que possibilitem a ampliação das habilidades funcionais dos alunos com deficiência. “Este trabalho visa concretizar as ações direcionadas ao atendimento das necessidades educacionais especiais dos alunos, além de orientar os professores na confecção de materiais acessíveis para pessoas com deficiência. “Esta formação possibilita aos professores de Atendimento Educacional Especializado, oportunidades reflexivas e geradoras de mudanças na prática educacional”, diz.

A rede municipal de ensino conta com 450 alunos no Atendimento Educacional Especializado (AEE), que apresentam deficiências físicas e múltiplas, autismo, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

A secretária de Educação, Lúcia Thomaz, observa que a rede municipal segue a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. “O objetivo é reforçar melhores condições de acesso, participação e aprendizagem aos alunos que apresentam necessidades especiais”, finaliza.