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Educação oficializa Fórum Permanente de Educação e Cultura Afro

03/12/2015 17:33:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Ana Chaffin

Evento contou com profissionais da Educação e representantes da sociedade civil

A quinta-feira (3) foi marcada pelo primeiro Encontro do Fórum Permanente de Educação e Cultura para Diversidade Étnico-Racial. A programação foi marcada pela assinatura do termo de compromisso que oficializa a atuação do fórum no município. Realizada no auditório Cláudio Ulpiano da Cidade Universitária, o evento contou com profissionais da Educação e representantes da sociedade civil. Durante a assinatura, o secretário de Educação, Guto Garcia, disse que a permanência do fórum vai reforçar o trabalho na rede municipal com enfoque para as leis 11.645-2008 e 10.639-2003.

O secretário anunciou ainda que a Secretaria de Educação deve elaborar no ano letivo de 2016 um material específico com apostilas voltadas para os assuntos ligados à africanidade nas salas de aula. “Este tema deve ser trabalhado em todas as disciplinas, não só nas aulas de Artes e História”, ressaltou.

A programação foi marcada pelo talento dos alunos da Escola Municipal Neiva Mariano, que foram premiados do I Festival Municipal de Dança Estudantil Africana e Afro-Brasileira de Macaé na categoria infantil. Além disso, o evento contou com a apresentação das contadoras de história da rede municipal, que destacaram contos africanos.

O fórum tem como objetivo apresentar vivências e reflexões quanto à aplicação das leis referentes à cultura afro. A intenção é destacar questões em prol das ações que estão sendo ministradas nas unidades municipais e as intervenções pedagógicas, que podem ser executadas.

Presentes na solenidade, a vice-presidente de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial de Macaé, Zoraya Brás, a subsecretária de Educação na Saúde, Cultura e Esporte, Andrea Martins e a coordenadora do Programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena da rede municipal, Andrea Lopes, comemoraram a oficialização do Fórum. “Este momento é fundamental. A assinatura da carta compromisso é uma vitória, que visa crescimento e aprendizado”, frisou Alice Lopes.

Já Andrea Martins afirmou que apesar das dificuldades, a rede municipal está conseguindo conquistas que serão relevantes para o ensino. “Desde criança temos que trabalhar a identidade e a consciência quanto ao negro. Temos que avançar diante de estratégias e ações, que visam à aplicação das leis referentes à cultura afro”, destacou.

Para Zoraya, este mês de novembro é importante para toda a sociedade civil. "O município está se destacando na região, pois são realizadas diversas ações que vão reforçar as políticas públicas que tratam da história, cultura e identidade ligadas à africanidade”, observou.

Palestras - O Fórum contou com a palestra “População Africana na sua formação”, ministrada pelo professor doutor Luiz Fernandes. “Temos que ficar atentos quanto à necessidade de combater o racismo. Para isso a determinação da Lei de Diretrizes e Bases diante do ensino sobre a África é importante para trabalhar identidade e a discriminação’, pontuou. Na ocasião, ele apresentou dados quanto ao racismo no Brasil e as desigualdades no país e região.

Formado por representantes de instituições do poder público e da sociedade civil, o fórum conta com reuniões periódicas, que de forma continuada presta apoio às políticas públicas para educação e cultura. O trabalho também trata da implementação da Lei de Diretrizes Curriculares Nacional em prol das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Programa - A rede municipal conta com o programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena, que está sendo intensificado na rede municipal. A proposta do programa é instrumentalizar os educadores do município com as novas metodologias e informações para trabalhar com a temática das relações raciais, inserindo o indígena (Lei11645/08).


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