Música contribui com ensino na rede municipal

A música contribui com o processo de ensino dos alunos da rede municipal, se tornando elemento agregador no estudo de outras disciplinas. Independente de formar músicos ou não, o aprendizado musical nas escolas reforça a concentração, a disciplina, o desenvolvimento do trabalho em grupo e leva a cultura para a comunidade escolar.

Joilson da Fonseca, de 12 anos, melhorou seus resultados na escola. O estudante do Colégio Municipal Generino Teotônio de Luna (Virgem Santa) se orgulha de ter melhorado as notas depois de ter ingressado na Corporação Musical Jamil Andrade Dias.

Além de ficar mais disciplinado, o menino, que toca bumbo, também incentivou outros colegas a fazer parte da banda. "Adorei a banda. Amo música. Depois que entrei, meus amigos também quiseram participar. Fiz novas amizades e melhorei nas disciplinas de Matemática e Artes", conta. Da mesma opinião é Sabrina dos Santos, de 13 anos. A aluna, que toca escaleta, diz que depois que se dedicou ao instrumento, melhorou o comportamento na escola e em casa.

- Gosto muito da banda, de tocar e fazer apresentações. Minha mãe me elogia, pois estou ajudando não apenas meus colegas na escola, mas nos afazeres de casa - , destaca a menina. Ela e os demais integrantes vão se apresentar na programação de Natal da Secretaria de Educação, nesta sexta-feira (16), em frente à antiga sede da Câmara.

Em Macaé, a implementação da música nas escolas segue a lei 13.278-2016, que inclui as artes visuais, a dança, a música e o teatro nos currículos da educação básica. A nova lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelecendo prazo de cinco anos para que os sistemas de ensino promovam a formação de professores para implantar esses componentes curriculares na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.

A professora de Língua Portuguesa, Fabrícia Faria, aprova a inserção da música na escola. "Percebemos que os alunos dedicados às bandas e corais ficam mais atentos às aulas e ao que acontece ao redor. O comportamento dos estudantes melhora e o rendimento também", pontua.

Bandas escolares reúne 600 alunos

Cerca de 600 alunos na faixa de 10 aos 17 anos participam do projeto Bandas Escolares. Os ensaios acontecem nos horários divergentes aos de aula e movimentam dez escolas municipais: Polivalente Anísio Teixeira, Cláudio Moacyr de Azevedo, Paulo Freire, Carolina Curvello Benjamin, Jacyra Tavares Duval, Elza Ibrahim, Professora Maria Isabel Damasceno Simão, Oscar Cordeiro, Paulo Freire e Leonel Brizola.

Para fazer parte das bandas escolares, os alunos devem frequentar as aulas e ter boas notas. Em caso de três faltas injustificadas, o estudante é substituído por outro aluno que está no cadastro reserva.

O projeto Bandas Escolares tem como proposta incentivar os alunos a se dedicar ao repertório musical. Na lista também está o Colégio Generino Teotônio de Luna, que integra ex-alunos, como Kathellen dos Santos. "Estudo no Colégio Municipal Elza Ibrahim. Não me vejo longe da música. Por isso, me esforço, não falto ensaios e me dedico bastante. A corporação me deu muitos amigos e me deixou mais concentrada", comenta.

O coordenador das bandas escolares, Luís Carlos Pereira, contou que no decorrer deste ano, os estudantes se mostraram empenhados. “Implementar a iniciação musical nas escolas não é tarefa fácil. Estamos satisfeitos em superar os desafios”, observou, acompanhado do instrutor Jorge Henrique Pereira.

O projeto Bandas Escolares conta com a atuação de instrutores concursados. Muitos deles já foram ex-alunos da rede. São eles: além de Luiz Carlos Pereira Silva, Eduardo Bruno Soares, Carlos Clemente, Felipe de Oliveira, Lucas Caetano, Samuel Daher, Lauro Nunes Junior, Jorge Henrique Pereira, Paulo Vinícius Souza, Márcio Fernandes, Sandro Bahia Fernandes, Leonardo Medeiros, Erick Menezes, Paulo Henrique Nogueira e Gilber Nascimento. Eles fazem parte da banda da Secretaria de Educação, que desenvolve a música não só nas unidades escolares, mas também em instituições e outros eventos.