Dia nacional da Luta Antimanicomial é comemorado em Macaé
Foto: Divulgação
Filme que retrata a temática estará em cartaz até 18 de maio
A celebração do Dia Nacional de Luta Antimanicomial (18 de maio), em Macaé, pode ser vista na telas do cinema. Uma parceria do Programa de Saúde Mental, Coordenação Geral de Políticas Sobre Drogas, Ouvidoria Geral e Universidades, com a rede Planet Cinemas, no Shopping Plaza, trouxe para a cidade a exibição do filme "Nise, o coração da loucura", estrelado pela atriz Glória Pires e que retrata a temática. Os ingressos estão à venda até o dia 18, e as sessões são sempre às 19h30.
A coordenadora de Políticas Sobre Drogas, Cláudia Magaldi lembra que o filme propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Na quarta, após a sessão, a equipe dos dispositivos de saúde mental da rede municipal de saúde e usuários irão fazer um debate.
Antimanicomial - O dia 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, tem como objetivo consolidar a mudança no modelo assistencial em saúde mental, baseado nos princípios universais dos Direitos Humanos. A data foi instituída pelo Movimento de Trabalhadores da Saúde Mental, na cidade de Bauru, São Paulo, em 1979, quando iniciou no país uma nova trajetória da proposta de Reforma Psiquiátrica Brasileira.
O Movimento reivindica formas de tratamento substitutivas ao encarceramento manicomial das pessoas diagnosticadas como doentes mentais.
Sinopse - A psiquiatra Nise da Silveira contribuiu de modo significativo à consolidação de novas práticas na assistência em Saúde Mental. Em 1946, funda no Hospital Psiquiátrico Pedro II (Rio de Janeiro), a seção de terapêutica ocupacional, onde os ateliês de pintura, modelagem e encadernação são desenvolvidos com pacientes com transtorno mental. Seu principal objetivo foi buscar a compreensão do mundo interno dos psicóticos, através da expressão plástica, utilizando se, para isso, de referenciais teóricos que não se limitavam a psiquiatria tradicional. Todo o acervo de imagens produzidos por seus pacientes encontram-se no Museu de Imagens do Inconsciente, localizado no hospital onde Nise trabalhou por longos anos e que, hoje, em sua homenagem, recebe o seu nome.