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Macaé é referência no estado em cirurgia cardíaca

19/02/2016 17:15:00 - Jornalista: Catarina Brust

Foto: Maurício Porão/João Barreto

Em primeiro plano, da direita para a esquerda: as pacientes Sônia Santos, 82 anos e Maria da Glória Fiúza, 50 anos, que aprovam o tratamento

A excelência no atendimento aos pacientes que necessitam de procedimentos cardiovasculares de média e alta complexidade tornaram a cirurgia cardíaca, realizada em Macaé, referência no Estado do Rio de Janeiro. Os procedimentos só vêm aumentando e, em 2015, a unidade, que funciona no Hospital São João Batista, realizou 227 cirurgias cardíacas, sendo 56 implantes de marcapasso. Em média, são cinco intervenções cirúrgicas por semana.

Encaminhados pela Coordenadoria de Controle, Avaliação e Auditoria, o 0800 da Secretaria Municipal de Saúde, e pelas urgências e emergências autorizadas pela Central Estadual de Regulação, os pacientes ressaltam que o atendimento de qualidade e a atenção dispensada por toda a equipe médica e multidisciplinar são responsáveis por essa conquista. Em cerca de cinco a sete dias, após a marcação via 0800, os pacientes eletivos são atendidos na Unidade do Coração de Macaé (Unicor), no Hospital São João Batista, que é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

- O atendimento é de primeira linha, assim como o médico que nos atende (Dr. Daterson). Ele é muito atencioso e carinhoso com os pacientes. De três em três meses tenho que voltar por conta da medicação que controla a pressão. Dos nove remédios receitados, oito consegui na Farmácia Municipal, além da insulina. Isso é muito bom. A Saúde em Macaé está em primeiro lugar – conta a dona de casa do bairro Visconde de Araújo, Sônia Santos, 82 anos.

O credenciamento junto ao SUS, em abril de 2014, possibilitou a ampliação dos atendimentos cardíacos para a população macaense e regional. Enquanto que em 2013 eram 52 operações quando a unidade iniciou o atendimento pelo 0800, no ano seguinte, com a verba do Sistema Único de Saúde, esse número quase triplicou. Foram 147 cirurgias cardíacas.

- O Unicor é uma unidade que funciona dentro do São João Batista que, a partir do credenciamento do SUS, passou a fazer parte da rede estadual de alta complexidade cardíaca. O bom resultado com os pacientes atendidos possibilitou à unidade ser referência no estado. Atendemos a região metropolitana dois e parte da Baixada Litorânea do estado, como pacientes de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, entre outros. Nesta semana, atendemos uma moradora de Bangu e um morador de Maricá – detalha o médico responsável pela cirurgia cardíaca da Unicor, Daterson Gutierrez.

Além dele, são mais cinco médicos, entre cirurgiões vasculares, hemodinamicistas e neurocirurgiões. A equipe também conta com instrumentadores, perfusionista (que cuida da circulação extracorpórea), médicos de CTI, fisioterapeuta, equipe de enfermagem, nutrição e psicóloga. “Uma verdadeira multidão cuida do paciente, desde o ambulatório até a alta do paciente da unidade”, completa o cirurgião cardíaco, informando que o maior índice de atendimento é para revascularização do miocárdio (colocação de ponte de safena).

Foi o caso da dona de casa Joanidia Nascimento Souza, 68 anos, que mora em Quissamã. Realizando a revisão pós-operatória, ela relata que colocou duas pontes de safena. “Há algum tempo fiz cateterismo mas, recentemente, me indicaram vir para Macaé procurar o atendimento aqui. No final de novembro, foi diagnosticada a necessidade de cirurgia. No final de janeiro fiz a operação de ponte de safena. O hospital é maravilhoso e o atendimento foi ótimo”, relatou. O esposo, Paulo Roberto, que acompanhava Joanidia, nesta sexta-feira (19), na consulta, completou: “do funcionário mais simples até a equipe de cardiologista fomos muito bem tratados”.

Do bairro Cavaleiros, Maria da Glória Fiúza, 50 anos, é diabética e faz acompanhamento no Centro de Referência ao Diabético (CRD). “Fazia tratamento de coração no Rio até então. No próprio CRD a médica me indicou para o Unicor. Dr. Daterson é ótimo e o espaço aqui é muito bom. Hoje, não preciso mais ir ao Rio para fazer o acompanhamento de miocardiopatia dilatada”, relata.

Para o atendimento aos pacientes, a unidade possui um ambulatório de cirurgia cardíaca, com três consultórios e uma sala de exame; uma unidade com nove leitos para pós-angioplastia; quatro quartos de internação; duas enfermarias (uma masculina e uma feminina); dez leitos no CTI do São João Batista. As cirurgias também são feitas no centro cirúrgico do SJB. Às sextas-feiras pela manhã é feito o atendimento aos pacientes eletivos no ambulatório.

A unidade realiza cateterismo cardíaco, angioplastia coronariana, implante de marcapassos, entre outros.

Morador de Niterói, Sidney Pereira da Silva, 44 anos, enfartou duas vezes. A última vez, na virada do ano, foi internado e transferido, na última sexta-feira (12), para Macaé. O designer gráfico foi operado na quarta-feira (17) para a colocação de três pontes: uma mamária e duas de safena. A previsão de alta é para este final de semana.

- O atendimento foi rápido e muito bom. Tem gente que fica na fila por até dois anos. Já que esse hospital é uma irmandade filantrópica, as pessoas, a população, comerciantes e empresários poderiam também dar um apoio maior com doações para manter essa casa que presta um serviço tão bom. As pessoas deveriam abraçar essa causa – disse Sidney, que estava acompanhado da filha Fernanda, de 24 anos.


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