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Programa de Intolerância à Lactose dobra atendimentos

02/02/2011 15:57:45 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Kaná Manhães

Programa distribui leite de soja a crianças como o pequeno Luiz Antônio, de dois anos, que tem alergia ao leite de vaca

Com diversas ações voltadas para o social, que permitem o acesso da população aos serviços de saúde, a prefeitura de Macaé por meio da Secretaria de Saúde, conta com programas diferenciados. O Programa Municipal de Intolerância à Lactose, coordenado pela Área Técnica de Alimentação e Nutrição (Catan) quase dobrou o número de assistidos nos últimos meses.

Segundo a coordenadora da Catan, a nutricionista Débora Menezes, o número de crianças assistidas, que em novembro era de 57, chegou a 111 este mês. O Programa de Intolerância à Lactose atende a crianças de zero a cinco anos de idade.

- A intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca são alterações cuja compreensão de suas etiologias e suas extensões sobre a população infantil requer um atendimento diferenciado – disse.

Débora explica que as crianças assistidas são encaminhadas por pediatras e alergistas da rede municipal. Com o encaminhamento, os pais ou responsáveis passam pela equipe de Serviço Social, alergista e nutricionista da Catan. Por mês, são distribuídas cerca de 700 latas de leite de soja. O quantitativo do leite é de acordo com a faixa etária e a necessidade da criança.

A nutricionista ressalta que o trabalho desenvolvido pela secretaria de Saúde visa a melhoria da qualidade de vida das crianças com intolerância a lactose com foco na prevenção, pois este problema desencadeia uma série fatores a saúde da criança que muitas vezes precisa de cuidados especiais, inclusive com internações.

- A intolerância à lactose causa dor e distensão abdominal, náusea, vômitos, flatulência e diarréia. A alergia à proteína do leite de vaca causa reações imunológicas sistêmicas provocando urticária, rinite, asma, dermatite atópica, dor abdominal, vômitos e diarréia. Tanto a intolerância à lactose quanto a alergia à proteína do leite de vaca são causadoras de distúrbios nutricionais que propiciam o risco nutricional ou desnutrição, indicando a utilização de alimentos e preparações isentos de lactose (lactoglobulina) -, acrescentou.

O pequeno Luiz Antônio, de dois anos, é um dos assistidos pela Catan. Segundo sua mãe, a dona de casa Cintia Nascimento, após sucessivas internações os médicos descobriram que seu filho tinha intolerância a lactose.

- Aos três meses de idade foi quando descobriram o problema do meu filho, por consequência das constantes diarréias que o levavam para a internação por conta do leite o meu filho estava baixo peso, conta.

Com cinco filhos menores, a dona de casa disse que se não fosse o programa da prefeitura não teria condições de alimentar seu filho com leite de soja.

- Atualmente por conta da idade dele, recebo quatro latas de leite, mas quando ainda só se alimentava de leite este número era muito maior. Se não fosse o programa não teria condições. Hoje o leite que recebo aqui custa em média R$ 22 a lata, revela.

Programa – A Coordenadoria da Área Técnica de Alimentação e Nutrição possui diversos programas de atendimento de pessoas com risco nutricional, entre eles o Programa Municipal de Fórmula Infantil, destinado aos bebês prematuros, gêmeos ou que por algum motivo a mãe não possa amamentar.

Há também o programa de Suporte Nutricional, com distribuição de suplemento protéico calórico para todas as idades, o programa para gestantes em risco nutricional, onde é feita a distribuição de cesta básica específica para gestante, o programa atende a mulher até o sexto mês após o nascimento do bebê.

Já o programa do Leite, atende crianças de zero a sete anos que estejam em risco nutricional. Mensalmente eles recebem leite em pó integral. Todos os assistidos pela Catan passam mensalmente pela avaliação dos nutricionistas e alergista quando este for o caso.